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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Diários de um pastor: Eleição, predestinação... Discutir pra que?

Recentemente, as mídias gospel online começaram a repercutir um comentário sobre o Pr. Ricardo Gondim, a respeito da doutrina da eleição. Esta doutrina, que diz que Deus elegeu o homem para ser salvo desde a fundação do mundo, foi rechaçada pelo referido pastor, que chegou a afirmar que acreditar nela é maldição. Vários apologetas correram atrás e combateram a noção, apresentando testemunhos bíblicos de que a doutrina é real.

Este é um fato que persegue a igreja há séculos, sem solução. O homem tem alguma liberdade? O poder do Espírito Santo é irresistível? Se é, então por que alguns não aceitam a Jesus? Se não é, então Deus não é onipotente? Debate semelhante se iniciou com um questionamento de um colega na pós-graduação do Seminário do Sul, na semana passada.

Este é um debate que eu, sinceramente, já venci faz tempo. Para mim, não importa se Deus escolhe quem ele salva ou se nós decidimos se queremos ser salvos ou não. O fato é que, para a conjuntura do universo, isso não faz diferença, pois não exime a minha necessidade de pregar o evangelho. Afinal, a Bíblia fala que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm. 10.17), que deve ser anunciada por nós. Se o homem decidiu por Jesus por sua vontade ou pela vontade de Deus, não interessa. Se ele vai decidir agora ou daqui a 40 anos, por iniciativa dele ou de Deus, também não interessa. O que interessa é que, pré-determinado ou não, aquele homem receberá a palavra através de mim, fará a sua decisão, influenciado ou não, e seguirá a sua vida, pré-determinada ou não.

É claro, eu tenho minhas convicções doutrinárias pessoais (creio, sim, na eleição, mas também no livre arbítrio do homem). Contudo, elas não me impedem de encarar minha missão da mesma forma e com a mesma vontade. Se eleito, predestinado ou não, não quero saber: Só quero saber do pecador ser salvo. O resto são filigranas teológicas que não acrescentam em nada à obra de Deus.

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