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sábado, 14 de setembro de 2013

Autoridade Pastoral - As falsas fontes - Diplomas

Um corolário do estudo anterior, onde vimos inúmeros textos bíblicos que cristalinamente afirmam que o título de pastor (ou mestre, ou apóstolo) não é sinônimo de um obreiro aprovado, pois podem existir falsos, é o de que os diplomas ou cursos que um obreiro detêm não são fontes confiáveis de autoridade.

Existem inúmeros motivos para isso. Primeiro, sabemos que os seminários modernos possuem uma grande dificuldade em formar ministros do evangelho. Alguns formam "técnicos em teologia", abordando mais as questões abstratas da Teologia do que questões práticas e relevantes para nossos dias. Desta forma, descobrimos que muitos de nossos seminaristas se formam sem condição de pastorearem, vindo a sofrer revéses trágicos em seus ministérios.

Segundo, porque os diplomas são apenas uma comprovação de que o obreiro é uma pessoa estudiosa, que dedicou tempo e recursos para manter sua formação teológica continuada, mas que não necessariamente conseguiu aplicar tais conhecimentos na prática.

Terceiro, porque vemos na prática que muitos destes grandes catedráticos se escondem por trás de seus títulos para evitar a confrontação. Certa vez, um líder denominacional questionou o direito de um seminarista lhe dirigir a palavra após uma reunião na capela, desdenhando do conhecimento do rapaz. Sabido é que tal líder é um "doutor", então nota-se a falta de amor de tal pessoa com o jovem que iniciava sua caminhada teológica.

Quarto, porque a própria Bíblia nos mostra, através das palavras de Paulo, que afirmou aos Coríntios: "E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus." 1 Coríntios 2:4-5

- Mas pastor, você então está defendendo que um pastor não estude?!

É claro que não. O próprio texto bíblico de Tito 1 afirma tacitamente que um pastor deve ser um exímio ministro da sã doutrina. O que defendo é que apoiar-se no diploma XYZ para fazer com que as pessoas o obedeçam cegamente não é o caminho a ser seguido. Se fosse, deveríamos ter prestado mais atenção ao que o Papa Bento XVI pregou, pois ele possui 14 doutorados!

O texto de 1 Coríntios, somado aos expostos ontem, no texto sobre o Título de pastor, demonstra que a autoridade pastoral não se origina de um pedaço de papel. Este apenas demonstra que o pastor possui uma excelente qualidade: Uma pessoa estudiosa, que entende que precisa continuar se capacitando ministerialmente.

Amanhã, falaremos sobre a terceira fonte falsa da qual a autoridade pastoral emana. Até lá.

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