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sábado, 14 de setembro de 2013

Autoridade Pastoral – As falsas fontes – Poder

Nos dias de hoje, temos visto muitos pastores cultivando uma imagem de poder para as suas ovelhas. São pessoas que se utilizam de estratégias como “sopro do Espírito”, novas unções, toalhas ungidas milagreiras e coisas do tipo para levar as pessoas a crerem que nelas reside certo poder residual vindo do Espírito Santo e que pode ser transferido para a pessoa (em muitos casos, mediante uma oferta monetária). Ao se apresentarem com tais sinais, afirmam que não podem ser tocados ou contrariados, sob pena de sofrerem as consequências da ira divina.

Em primeiro lugar, a própria Bíblia nos mostra que nem todo sinal e maravilha realizado na face da Terra vem de Deus. Se fosse assim, não teríamos alertas como os abaixo:

Irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reencontro com ele, rogamos a vocês que não se deixem abalar nem alarmar tão facilmente, quer por profecia, quer por palavra, quer por carta supostamente vinda de nós, como se o dia do Senhor já tivesse chegado.Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição. ... A vinda desse perverso é segundo a ação de Satanás, com todo o poder, com sinais e com maravilhas enganadoras. Ele fará uso de todas as formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar. Por essa razão Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira, e sejam condenados todos os que não creram na verdade, mas tiveram prazer na injustiça. 2 Tessalonicenses 2:1-3, 9-12

Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão sinais e maravilhas para, se possível, enganar os eleitos. Marcos 13:22

Em segundo lugar, sabemos que muitos dos “sinais” que são apresentados nestas igrejas são, na verdade, pessoas compradas para aparentar uma doença mais grave do que a que possuem. Ouvi recentemente o caso de um casal cujo marido tomou raiva de igreja porque um obreiro de determinada comunidade, vendo que ele caminhava com dificuldade, ofereceu a ele um dinheiro em troca de se apresentar na igreja de cadeira de rodas para simular uma cura. Tal estratégia é mentirosa, e o pai da mentira nós sabemos muito bem quem é.

Por fim, precisamos notar que o poder manifestado nos tempos bíblicos tinha funções muito específicas: Moisés, para liderar o povo de Deus na fuga do Egito; os profetas, para corrigir os erros do povo idólatra de Israel e Judá; Jesus, para demonstrar que era o Messias, o Filho de Deus que haveria de vir; e os Doze, para comprovar que o Espírito Santo agora habitava conosco. E mais: Nem todos no NT foram curados ou receberam milagres financeiros. Paulo trabalhava para complementar sua renda, fazendo tendas, e tinha enfermidades (o famoso “espinho na carne” de 2 Coríntios 11, segundo alguns estudiosos). Quero ver alguém dizer que Paulo tinha “pecado escondido” ou “pouca fé” para contestar tais fatos.

Ou seja: Não podemos nos deixar levar por qualquer um que se diz milagreiro ou que possui uma "porção dobrada do Espírito", ou uma unção mais forte. Eles efetivamente não significam que a pessoa possui as qualidades espirituais verdadeiras que concedem autoridade a um pastor.

Na próxima oportunidade, falaremos do último falso sinal de autoridade que podemos encontrar: A experiência. Até lá.

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