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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Arcebispo declara que cristãos estão sendo desonrados no Reino Unido

 O antigo Arcebispo de Canterbury, Lord Carey, esteve em uma sessão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos falando sobre os casos de cristãos que foram impedidos de trabalhar por usarem uma cruz no local de trabalho.
 
Para o líder anglicano os quatro casos de britânicos que foram advertidos pelas empresas se tratam de um desrespeito à fé cristã, em seu discurso, Carey afirmou que a Grã-Bretanha está desonrando os cristãos que estão com medo de represarias e até mesmo de prisões por expressarem publicamente sua opinião, baseada na fé, sobre a ética sexual.

A decisão das empresas, sem repressão do governo, estaria afetando o compasso moral do Reino Unido, segundo o líder religioso. “Os cristão são excluídos de muitos setores de emprego simplesmente por causa de suas crenças”, disse o arcebispo mais famoso da Inglaterra, que ficou no cargo entre 1991 e 2002. Ele afirma também que isso está acontecendo porque as crenças estão contrariando os interesses públicos.

“Agora são os cristãos que estão sendo perseguidos, muitas vezes são procurados por ativistas homossexuais”, ressaltou ele durante seu discurso. “Parece que há uma clara oposição ou ódio da fé cristã e aos valores judaico-cristãos. Isso é visto principalmente nos tribunais do Reino Unidos, eles precisam de orientação”, afirmou o religioso.

Em recente entrevista ao Dauly Telegraph, Lord Carey afirmou que em seu país há uma tentativa para “remover os valores cristãos da praça pública” e também confessou estar preocupado, pois muitos crentes estão sendo tratados como fanáticos religiosos, tendo seus posicionamentos desrespeitados.

Traduzido e adaptado de Christian Today

Titanic 100 anos – A banda realmente tocou o hino “Mais perto quero estar” no naufrágio?

Neste sábado completa 100 anos que o navio Titanic naufragou. A história tem diversas versões e emocionou o mundo ao ser adaptada para o cinema, que essa semana estreou a versão em 3D no Brasil.

Há alguns pontos interessantes nessa história, entre eles se a última música tocada pela orquestra foi ou não a canção evangélica “Mais perto quero estar”. Um dos momentos mais bonitos do filme de James Cameron é quando os músicos se negam a parar de tocar mesmo sabendo que o barco está afundando.

Contudo não é possível dizer que a canção foi ou não a última tocada por aqueles músicos, dirigidos por Wallace Hartley, que acabaram morrendo. Uma das testemunhas que se salvou chegou a testemunhar que ouviu o hino antes dele abandonar o barco, sendo salvo por um dos botes. Sendo assim não dá para afirmar que essa foi a última canção tocadas por eles.

Mas de fato, o hino que traz uma mensagem tão profunda e forte, serviu para acalmar aquelas pessoas que viam a morte em sua frente. Na catástrofe morreram mais 1.500 pessoas entre homens, mulheres e crianças.

Diante do naufrágio, os músicos da orquestra do Titanic continuaram tocando seus instrumentos no salão de primeira classe tentando acalmar os passageiros. No final eles se dirigiram para a cobertura do navio e ali ficaram, tocando canções até o barco se afundar por completo matando os nove músicos que se tornaram heróis nessa história.

Com informações O Globo e Hype Science

Nova tradução da Bíblia não usa o termo “Jesus Cristo”

 The Voice [A Voz], é uma nova tradução da Bíblia em inglês lançada mês passado pela editora Thomas Nelson Publishing. A idéia surgiu em janeiro de 2004, quando a Thomas Nelson reuniu-se com a Sociedade Bíblica Ecclesia. O projeto foi feito aos poucos, sendo que o Novo Testamento completo foi lançado em 2009. Agora ela chegou à sua versão final.
 
Frank Couch, principal editor da Thomas Nelson explica que o propósito dessa nova tradução é fazer com que a mensagem do Evangelho seja mais fácil de ser entendida pelos leitores modernos.

“The Voice não pretende ser mais precisa do que qualquer outra tradução, mas apenas mais facilmente compreendida do que as traduções disponíveis hoje”, explica Couch. “Quando tradutores limitam-se a transmitir a essência completa de uma palavra do hebraico ou do grego com um termo em inglês, deparam-se com as dificuldades de revelar as nuances implícitas na língua original.”

Como a maioria das outras traduções trazem termos mais literais, Couch acredita que “tornou-se necessário que comentaristas e pregadores passem muito tempo explicando o que as palavras significam na língua original antes que o leitor leigo consiga compreender plenamente o texto da Escritura.”

Os estudiosos e autores que trabalharam nesta tradução dizem que sua intenção era ajudar os leitores a “ouvir a voz de Deus”. Essa é uma das razões pela opção de batizar a Bíblia de “A Voz”. O outro motivo é o texto que abre o Evangelho de João, onde Cristo é chamado de “Palavra” ou “Verbo”, mas nesta versão o termo usado é “Voz”.

“Uma das características dessa era da informação na igreja tem sido o seu foco no conhecimento bíblico. Muitas Bíblias atuais refletem isso, repletas de notas informativas, mapas e gráficos. Embora não haja nada de errado com ter um conhecimento profundo… uma ligação pessoal e um relacionamento profundo são muito melhor”, afirma o site hearthevoice.com criado para divulgar a nova Bíblia.

“The Voice está focada em ajudar os leitores a encontrar (ou reencontrar) esta conexão com o texto. As Escrituras não são apresentadas como um documento acadêmico, mas sim como uma história envolvente”.
Apesar de ser projeto de uma das maiores editoras cristãs do mundo, The Voice tem encontrado muitos críticos. O principal motivo é a opção de substituir “Jesus Cristo”, pelo termo “Jesus, o Ungido”. Também optou em omitir a palavra “anjo”. “Apóstolo” foi substituído por “emissário”.

No site cristão “Life More Abundant,” há reclamações de que a opção da The Voice trazer alguns comentários no corpo do texto era preocupante. “Comentários no meio do texto gera um obscurecimento da linha entre a palavra inspirada e opinião humana”, escreveu Coralie.

O blog “Extreme Theology”, que é um site de apologética, declarou contundente que trata-se de “uma versão distorcida da Bíblia”. “Infelizmente, desde o lançamento da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas, das Testemunhas de Jeová, em 1950, não havia uma Bíblia publicada que distorcesse tão ostensivamente a Palavra de Deus, a fim de apoiar uma agenda teológica peculiar e aberrante”, diz um comentário no blog.

Traduzido e adaptado de Christian Post

Pastor que morreu no Titanic evangelizou até o último momento

 O naufrágio do Titanic completou 100 anos na semana passada. Entre as muitas homenagens, uma igreja escocesa está lembrando os últimos feitos de um de seus pastores.
 
Em 1912, a revista comercial The Shipbuilder, descreveu o Titanic como “praticamente insubmergível”. Ficou célebre também, a declaração feita em 31 de maio de 1911, quando um empregado da Companhia de Construção Naval White Star disse: “Nem mesmo Deus pode afundar esse navio”.

O pastor escocês John Harper e sua filha Nana, de seis anos de idade, estavam a bordo na noite fatídica em que morreram mais de mil e quinhentas pessoas. Quatro anos antes, a esposa de Harper falecera e ele sabia que a menina ficaria órfã aos seis anos de idade. Mesmo assim, ele a embarcou em um dos botes salva-vidas e preferiu tentar ajudar os demais.

O motivo de sua viagem era pregar em uma das maiores igrejas dos Estados Unidos na época, Moody Church em Chicago. A igreja estava esperando por sua chegada, pois não somente ele pregaria uma série de mensagens, mas daria oficialmente a resposta que aceitaria pastorear a igreja nos EUA.

Harper era conhecido como um pregador envolvente e havia sido pastor de duas igrejas na Grã-bretanha, em Glasgow e Londres. Seu estilo de pregação era adequado para um evangelista como testemunham as palavras de um pastor amigo. “Ele era um pregador do ar livre acostumado a falar para grandes públicos… Ele possuía uma grande compreensão das verdades bíblicas que lhe permitam combater com sucesso todos os ataques à fé”.

Quando o Titanic bateu no iceberg, Harper, por ser viúvo poderia ter se juntado à filha, mas optou por dar àquelas pessoas mais uma chance de conhecer a Cristo. Há registros que Harper correu de pessoa em pessoa, contando apaixonadamente aos que estavam em pânico sobre a necessidade de aceitarem a Cristo.

Quando a água começou a afundar o navio, Harper foi ouvido gritando: “Deixem as mulheres, as crianças, e os descrentes subirem primeiro nos botes salva-vidas.” Ao ouvir um homem rejeitar seu apelo para que aceitasse Jesus, Harper deu-lhe o colete salva-vida que usava e disse: “você precisa disso mais do que eu.” Até o último momento que esteve a bordo do navio, Harper pediu que as pessoas entregassem suas vidas para Jesus.

Quatro anos após a tragédia, durante uma reunião um sobrevivente do Titanic, um sobrevivente contou como foi seu contato com Harper no meio das águas geladas do Atlântico.

Ele testemunhou que ele estava se agarrando em um pedaço dos detritos quando Harper nadou até ele, fazendo duas vezes o convite bíblico: “crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo.” Ele disse que rejeitou a oferta na primeira vez.

No entanto, ao ouvir o apelo sendo repetido pelo pastor, sabendo dos quilômetros de água sob seus pés, aquele homem entregou sua vida a Cristo. Logo em seguida disse que viu Harper sucumbindo ao frio e afundando. Ele concluiu seu testemunho na reunião de sobreviventes simplesmente dizendo: “Eu sou o último convertido de John Harper”.

Sua filha, Nana, foi resgatada e mandada de volta à Escócia, onde cresceu, casou-se com um pastor, e dedicou toda a sua vida ao Senhor.

Traduzido e adaptado de Christian Examiner e BP News

Novo comandante da Polícia Militar apoia PMs de Cristo

Durante o encontro da União dos Militares Cristãos Evangélicos do Brasil (UMCEB) que aconteceu no último final de semana, em São Paulo, o recém-empossado Comandante Geral da Polícia Militar, o Coronel Roberval Ferreira França, anunciou seu apoio aos PMs de Cristo e destacou a importância a assistência espiritual que o grupo oferece à corporação de São Paulo.

“Como Comandante Geral da Polícia Militar, considero um marco histórico a existência dos PMs de Cristo, cuja vontade genuína de apoiar a corporação e promover uma união fraterna merece todo nosso apoio. É importante colocar Deus à nossa frente”, disse.

Ferreira França destacou as atividades da associação que levam suportes emocionou e espiritual não só aos policiais como também aos seus familiares e o subcomandante da Polícia Militar, Coronel Hudson Tabajara Camilli, que também estava no primeiro dia do evento também se pronunciou sobre esse trabalho.

“Por meio dos PMs de Cristo, muitos policiais poderão receber as boas-novas de vida e esperança e trabalhar mais e melhor em prol da sociedade. Nós estamos de braços abertos para receber as iniciativas dessa entidade”, disse o coronel Camilli.

Essa foi a primeira vez que os dois maiores comandantes da corporação compareceu a um evento dos PMs de Cristo motivo de muita alegria para os presentes. “Foi uma grande e grata surpresa. Os PMs de Cristo de São Paulo e dezenas de militares cristãos evangélicos de diferentes partes do País tiveram a oportunidade e a honra de orar por eles, que terão grandes desafios pela frente, inclusive a Copa do Mundo de 2014″, declarou o Tenente Coronel Terra.

O Encontro de Líderes e Cooperadores UMCEB aconteceu nos dias 13 e 14 de abril na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, no bairro de Santana, na Zona Norte da capital paulista, tendo como objetivo promover a troca de experiências entre os militares de todo o Brasil.

Muitos não sabem, mas esses PMs de Cristo enfrentam diversas batalhas e desafios ao longo da carreira como explica o Tenente Coronel Terra, um dos fundadores dos PMs de Cristo. “O policial deve ser forte e corajoso ao ponto de sacrificar a própria vida para salvar outra, mas como qualquer ser humano ele se encontra à noite com suas fragilidades. Os PMs de Cristo estão aqui para lembrá-lo de que há alguém que pode ser seu amigo em todos os momentos: Jesus Cristo, nossa referência de vida”.

Após golpe de Estado, missionários ficam presos em país africano

Neste domingo, forças militares fizeram ofensivas para consolidar o recente golpe de Estado em Guiné-Bissau, na costa oeste da África. O primeiro-ministro do país, Carlos Gomes Júnior, foi detido na última quinta-feira juntamente com o presidente interino, Raimundo Pereira. Carlos Gomes era o principal candidato nas eleições presidenciais que deveriam ser realizadas ainda neste mês. Acredita-se que ambos estejam em um quartel militar guineense.

Um grupo de brasileiros, entre eles Isaac Martins, 39, de Florianópolis e sua esposa, a gaúcha Estela Mônica Gimenez Falcão Martins, 33, estão impedidos de deixar Guiné-Bissau. Os brasileiros estavam em uma missão humanitária promovida pela igreja Assembleia de Deus. Eles ficaram presos no país junto com outros estrangeiros.

Em 8 de abril eles chegaram a Guiné Bissau juntamente com outras quatro pessoas. Ficariam no país até ontem (15), quando seguiriam para a Europa. Recentemente o casal esteve em Cuba, também em missão da igreja.

Os familiares no Brasil estão cobrando intervenção do Governo brasileiro. Fábio Anderson da Silva, cunhado de Estela, conseguiu fazer um breve contato com os missionários pela Internet. Ouviu relatos de que o casal estava em um hotel quando o local foi invadido por militares que pediram que todos os estrangeiros deixassem o estabelecimento. O casal está acolhido em um abrigo da igreja.

“Estão lá a irmã da minha esposa e o marido dela. Todos impedidos de circular nas ruas. E nós aqui estamos temendo pela vida deles. São militares com armas em punho, dominando as ruas. Eles estão com pouca água e comida. Até tem serviço de telefone e internet, mas é muito precário. Não sabemos quando vamos conseguir falar com eles novamente. É uma situação bastante séria e queremos o apoio do governo para resolver.”, relata Fábio.

Há vários missionários brasileiros em Guiné-Bissau, país que também foi colônia portuguesa. Algumas missões, como a Agência Ágape, têm divulgado cartas de apelo por orações de brasileiros impedidos de sair do país.

“Amigos, estamos escrevendo para cada um de vocês para pedir oração. Ontem, pela noite, rebentou um golpe de Estado na Guiné Bissau, haviam tiros por todo o lado, muita confusão, muito medo, as pessoas fugindo na rua com medo, saindo para fora da cidade. As coisas estavam muito tensas, durante a noite acalmaram, mas hoje pela manhã voltaram a ficar tensas.

Amigos, podemos ficar a qualquer momento sem internet. Neste momento chegou aqui a notícia que as coisas pioraram mais e que os militares estão divididos entre eles, o que pode provocar uma guerra mesmo.

Podemos ficar a qualquer momento sem internet, já não temos rádio, TV e os telefones estão quase sem linha.

Estamos tentando comprar comida (o mais básico) para podermos ter o mínimo…

POR FAVOR, OREM POR NÓS, OREM PELA GUINÉ BISSAU.

Só Jesus pode agir e mudar esta situação.

Familia Sousa na Guiné-Bissau”

O Ministério das Relações Exteriores ainda não se manifestou sobre o caso.

Justiça da Bahia suspende a “Lei do Pai Nosso” em Ilhéus

 Uma decisão do Tribunal de Justiça da Bahia suspendeu na segunda-feira (16) a Lei do Pai-Nosso vigente na cidade de Ilhéus que propunha a oração no início das aulas em todas as escolas municipais.
 
O projeto de um vereador evangélico foi votado por unanimidade em dezembro fazendo com que a proposta entrasse em vigor já em fevereiro com o retorno escolar. Mas o Ministério Público encontrou com uma ação argumentando que a lei é inconstitucional e a Justiça decidiu a favor do MP.

“A imposição diária de pronúncia de oração específica da religião cristã, nos estabelecimentos de ensino vinculados a rede municipal, em si aparenta não apenas violação ao fixado na Carta Política Estadual, como a própria Constituição da Bahia”, afirmou o desembargador Clésio Rosa.

O magistrado, porém afirmou que as aulas de religião podem ser opcionais tendo a matrícula facultativa, ou seja, os pais decidem se o aluno vai ou não participar dessas aulas. “O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.”

A Câmara de Ilhéus pode recorrer da decisão.

Com informações Bol

Presos são obrigados a pagar o dízimo no presídio do Carumbé

 O Ministério Público de Mato Grosso (MPE) continua investigando as denúncias de que representantes da Igreja Universal do Reino de Deus estariam cobrando o dízimo dos presos que estão na ala evangélica do Centro de Ressocialização de Cuiabá, o presídio do Carumbé.
 
Uma testemunha que não quis se identificar deu depoimento confirmando que é obrigada a pagar o dízimo semanalmente para que seu filho continue na ala. “Eles são obrigados a pagar dízimo todo domingo. O quanto a gente levar tem que dividir com eles”, ressalta a testemunha.

Na última sexta-feira polícias estiveram no presídio apreendendo materiais que possam comprovar essas denúncias. “Lá dentro são os pastores mesmo. Lá dentro tem os presos que são pastores, que ficam responsáveis em arrecadar [dinheiro] de quem é aqui de fora”.

Essa mãe denunciou que realmente que não paga o dízimo sofre represarias e é humilhado. “O preso fica sofrendo represália lá dentro, humilhado, forçado a fazer coisas. Provocam o preso para a briga, tudo isso lá dentro. Inclusive perigoso sair morte, porque é cada um por si. Quem tem parente lá dentro é assim, tem que ficar rezando para não acontecer nada”.

O presídio de Carumbé tem 1.250 detentos, destes, 700 estão na ala evangélica que é coordenada pelas igrejas Universal do Reino de Deus, Assembleia de Deus e Deus é Amor. O diretor do Centro de Ressocialização disse em reportagem ao G1 que já havia recebido denúncias sobre a exigência dessa contribuição.

“Nós tínhamos feito algumas reuniões e pedido para eles que mudassem o jeito de tratar os próprios colegas de celas e que parassem de cobrar se por acaso estivessem cobrando essa quantia que eles estavam dizendo. Até agora as denúncias que temos, nada comprovado, é que trata-se da Igreja Universal”, disse Dilton Matos de Freitas.

O dízimo seria a 10ª parte do auxílio reclusão que as famílias dos detentos recebem, o que para o MPE é ilegal. “Não tem como o preso ser obrigado a isso porque ela já tem a liberdade restringida”, disse o promotor de justiça Joelson de Campos Maciel.

Com informações G1

Barco da Bíblia leva a Palavra de Deus à região amazônica

 Está programado para o dia 28 de maio a saída do Barco da Bíblia de Belém do Pará com destino a Macapá (AP), serão dias de viagens pela região amazônica levando exemplares da Bíblia para a população do Norte do país.
 
O projeto é da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) que remodelou o barco unindo uma área de livraria completa e mais ampla que o primeiro barco que realizou esse caminho. Ali dentro serão feitos atendimentos ao público que terá acesso ao espaço cultural chamado de Museu da Bíblia.

O Luz na Amazônia II vai levar ensinamentos para regiões difíceis de encontrar as Escrituras Sagradas. O projeto da SBB é que o barco faça duas viagens por ano, essa primeira vai durar até o dia 16 de junho.
Durante esses dias cerca de 30 mil exemplares da Bíblia serão distribuídos nas comunidades ribeirinha da Amazônia.

Programação:
Maio/Junho
- 28/05: Saída de Belém para Macapá
- 28/05 a 16/06: Macapá
- 19 a 25: Laranjal do Jari
- 27: Gurupá
- 28/06 a 02/07: Portel

Julho
- 04 a 14: Breves
- 15 a 17: Bagre
- 18 e 19: Oeiras
- 20 e 21: Curralinho
- 22 a 24: São Sebastião
- 26 e 27: Muaná
- 28: chegada em Belém

Paganismo e bruxaria serão ensinados em sala de aula nos EUA

 Paganismo, bruxaria, druidismo e culto dos deuses antigos, como Thor, serão temas incluídos no currículo de uma escola no sul da Inglaterra. Os alunos aprenderão sobre a importância de locais de adoração pagãos como Stonehenge e as dificuldades que uma praticante da bruxaria pode enfrentar nos dias de hoje.
 
A escola de Cornwall County, Inglaterra, dará aos seus alunos não cristãos igualdade de condições, propondo que as diferentes formas de paganismo sejam oficialmente incluídas no currículo de educação religiosa.

A região de Cornwall tem uma longa história de práticas druídicas e pagãs e um grupo de adeptos requisitou que o Conselho Municipal os colocassem no mesmo nível do ensino sobre cristianismo, islamismo e judaísmo. Segundo essa proposta curricular, a partir da idade de cinco anos, as crianças devem começar a aprender sobre a história dos rituais. Aos 11 anos de idade, os interessados poderão “explorar o paganismo moderno e sua importância para muitas pessoas”. As áreas de estudo devem incluir “a importância dos locais pré-cristãos para os pagãos modernos”.

Neil Burden, membro do Conselho de Ministros de Serviços para Crianças argumentou que a medida daria aos alunos “acesso a um amplo espectro de crenças religiosas”. A iniciativa do Conselho de Cornwall segue a decisão tomada pelo governo inglês em 2010 de reconhecer o druidismo como forma de religião.

Imediatamente a iniciativa alarmou alguns ativistas cristãos que temem que isso evolua e seja parte dos currículos de todas as escolas do país. Eles estão preocupados como fato de que uma religião considerada “excentricidade” ganhe cada vez mais o reconhecimento oficial. No município, com população de 537,400 pessoas, existem oficialmente cerca de 700 pagãos.

Mike Judge, porta-voz do Instituto Cristão de Cornwall, acredita que “apresentar o paganismo é apenas uma moda passageira e tem mais a ver com o desejo de ser politicamente correto de professores que com as necessidades educativas das crianças”, disse.

O paganismo inglês abrange diversas vertentes, desde druidas, que se consideram praticantes da antiga fé pré-cristã, passando pela Wicca, forma moderna de bruxaria até os xamãs, que invocam os espíritos da natureza.

De acordo com o censo nacional de 2001, existem cerca de 40.000 pagãos praticantes na Inglaterra e País de Gales, embora algumas estimativas afirmam que o número seja bem maior.

Traduzido e adaptado de Christian Today e Daily Mail

terça-feira, 17 de abril de 2012

Sai primeiro sorteado da promoção "Nazismo e Cristianismo". Veja como participar

Boa tarde, prezados. Ontem, sorteados o primeiro de três livros "Nazismo e Cristianismo", como parte da promoção que contemplará três leitores de nosso site com uma cópia autografada do livro.

E o vencedor é:

@maress3

Parabéns a você, amado leitor, vencedor de nossa promoção. Esta semana começa a segunda etapa, e você também pode ganhar uma cópia de nosso primeiro livro. Para isso, basta:

1. Seguir nosso perfil no Twitter, @prandrefalcao

2. Retweetar qualquer uma das notícias presentes em nosso perfil do Twitter.

Lembrando que amigos próximos, familiares e membros de minha igreja, a PIB do Grajaú, estão fora da promoção.

Não deixe de participar. A segunda etapa vencerá neste domingo, às 22 horas, e pretendemos colocar o resultado no ar até segunda-feira à noite. Cada retweet que você der, mais chances você terá de ganhar.

Abraços a todos, e boa sorte.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

“Ai se eu te Pego” de Michel Teló é trilha sonora de procissão de Páscoa

 O cantor brasileiro Michel Teló tem feito sucesso fora do Brasil com sua canção ‘Ai se eu te pego’ há algum tempo. No início do ano, foi trilha sonora de um treinamento do exército israelense.
 
Também foi usado como coreografia pelo ídolo português Cristiano Ronaldo para celebrar um gol e rapidamente copiado por jogadores de futebol de todo o mundo. Nos primeiros meses deste ano chegou a ficar em primeiro lugar entre as músicas mais ouvidas em paradas na Espanha, Alemanha e Itália. Ganhou também diferentes versões em outras línguas e inclusive uma versão gospel.

Mas durante as comemorações da Páscoa, a música rompeu as barreiras mais sacras. Foi usada durante uma procissão do Jesus ressuscitado, na cidade Alhama de Múrcia, cidade no sudeste da Espanha.

A confraria religiosa local, provavelmente sem conhecer o que dizia a letra da música, tocou ‘Ai se eu te pego’ pelas ruas da cidade, animando os participantes. Alguns dos fiéis que carregavam a imagem do Jesus Ressuscitado, dançaram ao som da música tocada por uma banda, como mostra o vídeo que está circulando na Internet esta semana.

Filmado por alguém que acompanhava o evento, o vídeo está no Youtube e se popularizou rapidamente.
Obviamente, nos comentários muitos católicos acharam inapropriado, mas há quem acredite que é uma maneira de atrair pessoas para eventos religiosos.

Assista:


Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/ai-se-eu-te-pego-michel-telo-procissao-de-pascoa/#ixzz1rwfG2GiW

Campanha de oração “pró-aborto” gera revolta de cristãos

 Orar pelas mães que fazem abortos? Essa parece uma idéia absurda pra muitos. Porém, a ONG Planned Parenthood [Paternidade Planejada] da Califórnia, que historicamente luta pelos direitos das mães fazerem uma escolha se querem ou não ter os filhos, fez o lançamento de uma campanha chamada “40 Dias de Oração: apoiando as mulheres em toda parte”.
 
A campanha publicou um livreto com 40 orações diferentes, em favor daqueles que cometem o aborto: as mães, os acompanhantes, os abortistas e todos os envolvidos. Obviamente, deixaram de lado as crianças não nascidas.

O movimento é apoiado pela organização “Clero pelo direito de Escolha”, que se define como “líderes religiosos que valorizam toda a vida humana”, mas não traz nenhum tipo de declaração de fé ou lista de seus membros.

O Liberty Counsel, organização que defende o direito a vida, lançou um protesto na Internet contra o que julga ser um abuso. Afinal, para eles a tentativa de associar os assassinatos a um findo religioso é uma tática antiga, usada na Alemanha nazista para justificar a aniquilação de judeus e outros não-arianos.

A Planned Parenthood sempre sofreu oposição das entidades cristãs no Estados Unidos e esse repentino “aspecto espiritual” é uma tentativa de confundir a população. “Havia líderes religiosos que apoiaram a Alemanha de Adolf Hitler e os nazistas. Foi algo errado, e estão repetindo o erro agora”, disse Mathew Staver, fundador e presidente do Liberty Counsel.

“A campanha que pede oração para seu suposto planejamento familiar é ofensiva”, disse ele, “Por mais que eles não gostem da comparação, o que a Planned Parenthood faz hoje não é diferente do esforço pela eliminação dos” indesejáveis”, como defendia o mais famoso eugenista, Adolf Hitler.”

O Liberty Counsel termina seu protesto dizendo que esse movimento de oração da Planned Parenthood é uma tentativa de ridicularizar as campanhas anuais de oração contra o aborto, chamada de “40 dias de vida”, que unifica quase meio milhão de cristãos todos os anos nos Estados Unidos.

Como resultado direto dessas campanhas, acredita-se que 22 clínicas de aborto foram fechadas e 69 médicos pararam de realizar o aborto nos últimos anos.

A organização cristã “Visão da América” também convoca anualmente um movimento de oração e jejum chamado “40 dias para salvar a América”, onde incentiva padres, pastores, rabinos e outros sacerdotes para clamar pela intervenção de Deus.

Traduzido e adaptado de Planned Parethood e LC

Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/campanha-de-oracao-pro-aborto-gera-revolta-de-cristaos/#ixzz1rweoD8gF

Líder cristão é decapitado por radicais islâmicos no norte de Mali

 Um líder cristão foi decapitado por muçulmanos radicais que impuseram a Lei Sharia em uma parte da região Norte de Mali, localizada na África Ocidental. Diante das ameaças, os cristãos estão fugindo da cidade de Timbuku, em Gao as igrejas foram completamente destruídas.
 
O país sofreu um golpe militar e desde então os cristãos já estão sendo forçados a deixar suas vidas e tentar fugir para o sul ou para outros países da África. Algumas sanções foram aplicadas de fora do país, como o corte do fornecimento de eletricidade o que faz com que os relatórios com pedidos de ajuda demorem a chegar até as autoridades internacionais.

Mali é o sétimo maior país da continente africano e fica na borda do Saara. Para cumprir sua missão o britânico Timothee Yattara resolveu se mudar para aquela região tão remota e por pouco sobreviveu aos ataques. Juntamente com sua família ele fugiu para a cidade de Bamako que fica no sudeste de Mali, mas por ter fugido às pressas o missionário não levou dinheiro nem para alugar uma casa.

Em seu relato ele diz que os islâmicos possuem uma lista contendo os dados de todos os cristãos da cidade de Timbuku com a intenção de executar todos eles por meio da decapitação. “A maioria dos cristãos já fugiram para a segurança deles tendo a lei Sharia imposta em todo o Norte”, disse ele.

O problema se agrava cada dia mais, pois Mali está sendo aterrorizada pela Al Qaeda e os rebeldes associados a esse grupo terrorista tem reclamado a parte norte do país como sendo sua terra natal. Muitos rebeldes da Líbia também estão se mudando para o Norte de Malo fazendo com que a segurança da população fique ainda pior.

Traduzido e adaptado de Persecution

Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/lider-cristao-e-decapitado-por-radicais-islamicos-no-norte-de-mali/#ixzz1rweCKWSh

Estudo mostra que a espiritualidade e a medicina precisam estar ligadas

 Enquanto uma lei no Rio de Janeiro pretende criar uma coordenadoria para os trabalhos de capelania, uma pesquisa realizada pela enfermeira oncológica Carolina da Cunha Fernandes mostrou que os pacientes desejam falar sobre espiritualidade com algum profissional de saúde.
 
Medicina e religião raramente se unem, mas quando resolveu fazer mestrado Carolina investigou 300 pessoas, 75 homens entre 48 e 79 anos com câncer de próstata, 75 mulheres entre 31 e 83 anos com câncer de mama e outras 150 pessoas que participavam das atividades do Hospital A.C. Camargo, mas que não tinham a doença.

O resultado mostra o quanto as pessoas precisam de apoio espiritual, pois 97% dos homens e 86% das mulheres disseram na entrevista que não haviam conversado sobre suas crenças religiosas com algum profissional de saúde. Já 57% dos homens e 53% das mulheres disseram no estudo que gostariam que esse momento tivesse existido.

A pesquisa de Carolina da Cunha Fernandes descobriu também que a maioria dos entrevistados, 61% das mulheres e 60% dos homens, afirmaram que poderiam ter se sentidos melhor ou mais dispostos para o tratamento se tivessem recebido cuidado religioso ou espiritual dos profissionais de saúde.

O assunto é polêmico e divide opiniões, será que médicos e enfermeiros poderiam assumir mais essa responsabilidade? Alguns profissionais já defendem a inclusão do histórico espiritual do paciente no prontuário médico para que a fé, ou falta dela, seja conhecida e respeitada pelo profissional do hospital.

Com informações Revista Época

Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/estudo-mostra-que-a-espiritualidade-e-a-medicina-precisam-estar-ligadas/#ixzz1rwdLYojx
 
Comentários: Esse tipo de tratamento não é novidade. Há alguns anos fiquei sabendo do tratamento que é dado a alguns pacientes terminais de câncer em um hospital carioca. Nesse local, o prontuário possui uma parte para comentários do capelão sobre a parte espiritual da pessoa. Esses esforços precisam ser melhor estudados e compreendidos, para que outras pessoas possam se beneficiar deles.

Escola Batista forma quinta turma no norte da África

 A Junta de Missões Mundiais formou recentemente a quinta turma do Projeto Pedra Fundamental, uma Escola Batista que atua em um país do Norte da África que trabalha com crianças.
 
O objetivo da instituição de ensino é fortalecer os alunos física, moral e espiritualmente, como relata a missionária Ludmila Gaspar que faz parte do grupo. “A escola caminha sob os cuidados de Deus. Somos gratos a todos que colaboram direta e indiretamente”, diz ela.

O trabalho da Escola Batista naquele país é tão importante que alguns alunos da primeira turma hoje trabalham auxiliando as crianças fazendo parte do quadro de missionários.

Um dos principais problemas enfrentados pela população é a fome, fator que por diversas vezes prejudica o desempenho dos pequenos na escola. “Muitas vezes, somos obrigadas a tirá-las da sala de aula para alimentá-las. Com fome, não conseguem se concentrar. Quando percebemos que estão em jejum, tomamos as providências e elas seguem nas suas tarefas”, relata a missionária.

Na escola elas são alfabetizadas, recebem alimentação e orientação espiritual. Ludmila dedica quatro dias da semana evangelizando esses alunos sempre no final da tarde, apesar da triste realidade, o Evangelho tem mudado o futuro desses pequenos.

Com informações JMM

Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/escola-batista-forma-quinta-turma-no-norte-da-africa/#ixzz1rwcx38Rx

Pastor leva leão para o púlpito e gera polêmica

 O pastor Ed Young Jr, da Igreja Fellowship, da cidade de Grapevine, Texas, chamou atenção mais uma vez por causa de uma polêmica em sua igreja. Durante a Páscoa ele iniciou uma série de sermões chamados de “Selvagem” e decidiu usar animais vivos no púlpito, incluindo um leão.
 
O vídeo que se espalhou rapidamente pela Internet mostra o pastor segurando um cordeiro perante a congregação, enquanto um leão fica ao lado do palco em um pequena jaula. O pastor caminha ao redor da jaula, tentando chamar a atenção do animal, e o leão responde com um rugido.

O pastor Young anunciou que deseja também incluir outros animais selvagens, como girafas e elefantes.
A iniciativa da Igreja Fellowship teria como objetivo ensinar as crianças sobre os animais e seu papel na criação de Deus. De acordo com Young, o uso de um leão e um cordeiro visavam mostrar o papel de Jesus Cristo como os dois animais, pois a Bíblia o chama ao mesmo tempo de “cordeiro de Deus” e “Leão da Tribo de Judá”.

O sermão de Páscoa, no entanto, atraiu críticas de pessoas que perguntaram sobre o bem-estar dos animais, particularmente do leão enjaulado. Alguns membros da igreja acreditam que o pastor não precisa usar animais vivos para passar a sua mensagem.

“Eu não sinto que isso é necessário”, disse Lisa Chatlain, que estava no culto. “Acho que Ed Young poderia pregar o mesmo conteúdo sem usar animais vivos como adereços, apenas para entretenimento.”
“Milhares e milhares de igrejas são capazes de ensinar a mesma mensagem sem usar animais”, disse Stacy Smith, membro da Sociedade Humanitária de Flower Mound, que está usando o vídeo do culto para que as autoridades impeçam que mais animais sejam levados até o púlpito de uma igreja, onde não há garantias de segurança. Outras pessoas presentes ao culto disseram não ter certeza do que fariam caso um animal selvagem fugisse de sua jaula durante o culto.

Questionado por uma emissora de TV, Young disse que não há preocupações sobre o uso de animais e disse que nunca faria algo que pudesse pôr em perigo a sua congregação ou os animais. Explicou que o leão de 17 anos de idade vive em uma fazenda de animais na Califórnia, e já atuou em filmes de Hollywood.

O pastor explicou ainda que sua série de sermões continuará durante as próximas cinco semanas. Disse não entender as críticas e ressalta: “Eu acho que por muito tempo a igreja tem sufocado a criatividade”.
As autoridades Grapevine anunciaram que estão investigando em que condições a igreja Fellowship está transportando e acomodando os animais e se tem todas as licenças necessárias para esse tipo de exposição.


Traduzido e adaptado de Christian Post

Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/pastor-leva-leao-para-o-pulpito-e-gera-polemica/#ixzz1rwcgtrAF

A confusão evangélica diante do Antigo Testamento (Luiz Sayão)

A igreja evangélica brasileira é uma das mais dinâmicas e criativas do mundo. Por essa razão seu crescimento tem sido extraordinário. Todavia, uma igreja jovem e efervescente tem dificuldades de doutrinar e discipular seus novos membros. Essa é uma realidade na igreja brasileira.

É notório que o uso do Antigo Testamento na prática e na liturgia eclesiástica brasileira tem crescido de maneira substancial. Principal no contexto de louvor e adoração a ênfase vétero-testamentária é mais do que expressiva. E como percebeu Lutero, a teologia de uma igreja está em seus hinos. Afinal, o que está acontecendo? Para onde estamos indo?

Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que o Antigo Testamento representa um fascínio para o povo brasileiro. É repleto de histórias concretas, circunscritas na vida real do povo, no cotidiano de gente comum. É muito mais fácil emocionar-se com uma narrativa como a de Jonas ou de Davi do que acompanhar o argumento de Paulo em vários textos de Romanos. Além disso, o povo brasileiro tem pouca história e raízes muito recentes. O Antigo Testamento, com a rica história do povo de Israel, traz uma espécie de identificação com o povo de nosso país. Talvez isso explique porque tantos brasileiros evangélicos queiram ou procurem ser mais judeus. Em terceiro lugar, devemos considerar a realidade de que a igreja evangélica brasileira quase não tem símbolos ou expressão artística. A maioria dos símbolos cristãos históricos (catedrais, cruzes, etc.) tem identificação católica na realidade nacional. Assim, os evangélicos buscam símbolos para expressar sua fé, e acabam geralmente escolhendo símbolos judaicos ou véterotestamentários (menorá, estrela de Davi, e etc.).

Este encontro brasileiro-judaico tem muitas facetas positivas: Retomamos uma alegria comemorativa da fé, trazemos a verdade espiritual para a realidade concreta, dificilmente teremos uma igreja anti-semita, enxergamos necessidades sociais e políticas pela força do AT. Todavia, também estamos andando em terreno perigoso e delicado. Algumas considerações são importantes para que a igreja brasileira não perca o rumo por problemas de ordem hermenêutica. Aqui vão algumas sugestões:

1. Nem todo texto bíblico do AT pode ser visto como normativo. A descrição da vida de um servo de Deus do AT não é padrão para nós sempre. Quando Abraão mente em Gênesis, a descrição do fato não o torna uma norma. A poligamia de Salomão, a mentira das parteiras no Egito e o adultério de Davi não podem servir de desculpas para os nossos pecados.

2. Não podemos cantar todo e qualquer texto do AT. É preciso observar quem está falando no texto bíblico. Sem observarmos quem fala tiraremos conclusões enganosas. Isso é fundamental para se entender o livro de Eclesiastes. No caso de Jó 1.9-10, por exemplo, temos registradas as palavras de Satanás. Isto é fato até no caso do Novo Testamento (veja Jo 8.48).

3. Devemos Ensinar que Muito da Teologia do AT é ultrapassada. Jesus deixo claro que estava trazendo uma mensagem complementar e superior em relação à antiga aliança. Se não entendermos isto, voltaremos ao legalismo farisaico tão questionado por nosso Senhor. Textos como Números 15.32,36 revelam um exemplo daquilo que não tem mais valor na prática da nova aliança. Todos os elementos cerimoniais da lei não podem mais fazer parte da vida da igreja cristã, pois apontavam para a realidade superior, que se cumpre em Cristo (Cl 2.16-18). Sábados, festas judaicas, dias sagrados, sacrifícios e outros elementos cerimoniais não fazem parte da prática cristã neotestamentária.

4. Antes de Pregar ou Cantar um Texto do AT é Preciso Entendê-lo. Nem sempre é fácil entender um texto do Antigo Testamento. Muitos textos precisam ser bem estudados, compreendidos em seu contexto e em sua limitação circunstancial e teológica. Veja por exemplo o potencial destruidor do mau uso de um texto como o Salmo 137.9. Se o intérprete não entender que o texto fala da justiça retributiva divina dada aos babilônios imperialistas, as crianças da igreja correrão sério perigo!

5. Devemos Ensinar que Vingança e Guerra não são Valores Cristãos. Jesus ordenou que devemos amar até mesmo aqueles que nos odeiam. A justiça imprecatória não faz parte da Teologia do NT. Há vários salmos que dizem isso, mas tal realidade compreende-se no contexto do AT e não pode ser praticada na igreja cristã. Não podemos cantar "persegui os inimigos e os alcancei, persegui-os e os atravessei" (Sl 18.37.38), quando o Senhor Jesus ordena que devemos perdoar e amar os nossos inimigos (Mt 5.44,45). Hoje já existe até gente “amaldiçoando” outros em nome de Jesus! Teremos uma “violência cristã”?

6. Enfatizemos a Verdade de que a Adoração do NT é Superior. O Novo Testamento nos ensina que a adoração legítima independe de lugar, de monte, de cidade e de outros elementos materiais (Jo 4). Jesus insiste em afirmar que Deus procura quem “o adore em Espírito e em verdade”. A tradição evangélica sempre louvou a Deus por seus atos e atributos. Atualmente estamos cada vez mais enfatizando “o monte santo”, “a cidade sagrada”, “a casa de Deus”, “a sala do trono”. Nós somos o “templo de Deus”. Os elementos materiais poucam importam na adoração genuína. É preciso retomar o caminho correto.

7. Devemos ensinar que ser Judeu não torna ninguém melhor do que os outros. Alguns evangélicos entendem que “ser judeu” ou “judaizado” os torna de alguma forma “espiritualmente melhor”. O rei Manassés, Anás e Caifás eram judeus! Já há quem expulse demônios em hebraico! Em Cristo, judeus e gentios são iguais perante Deus. Na verdade “não há judeu nem grego” (Gl 3.28). A igreja cristã já pecou por seu anti-semitismo do passado. Será que irá pecar agora por tornar-se judaizante? Devemos amar judeus e gentios de igual modo. Além disso, podemos e devemos ser cristãos brasileiros. Não precisamos nos tornar judeus para ter um melhor “pedigree” espiritual.

Para a Nossa Tristeza: A história da banda Exodos (autores da canção Galhos Secos) que foi expulsa da Igreja Batista


A música "galhos secos", da banda de rock cristão (da déc. de 70) Exodos, na polêmica performance de Jefferson e Suellen , se tornou o maior viral nacional desde que Luiza voltou do Canadá e sumiu em novamente em Salvador....

Conheça mais sobre a Exodos, o grupo que compôs esta bela canção e foi excluído da igreja Batista em 1976 em um ato descabido de intolerância - um farisaismo musical que, para a nossa alegria, a nossa denominação deixou para trás há trinta anos. 

A seguir, a nesta matéria do Renascer Prime e do Arquivo Gospel:






Êxodos é o nome da primeira banda brasileira de rock evangélico que se tem conhecimento. A banda iniciou sua formação em 1970 e a partir do ano seguinte começou a se dedicar ao rock. Em seus 7 anos de existência não chegou a gravar nenhum disco, mas agitou a mocidade da época, bem como provocou polêmicas dentro e fora da igreja, vindo a ser até matéria de reportagem da revista VEJA, por duas vezes. Uma das músicas da banda, Galhos Secos gravada pelos grupos SOM MAIOR, CATEDRAL e RUTHS, é conhecida até hoje.

O fim da banda aconteceu depois da pressão por parte de líderes da Igreja Batista, da qual faziam parte.

Em 2007 a banda lançou seu primeiro cd com treze canções de seu repertório original, entre elas a música "Galhos Secos". Para adquirir, entre em contato:  e-mail: bandaexodos@terra.com.br
Na entrevista concedida ao Arquivo Gospel em 20/06/2005, os integrantes Edson, Osvair e Osni falaram sobre a exclusão da igreja Batista, além da forte repressão que o rock sofria dentro das Igrejas Evangélicas.

Como e quando se deu o início da banda Êxodos?

ÊXODOS: Tudo começou em 1970. Fazíamos parte do grupo de adolescentes da Igreja Batista de Vila Bonilha em São Paulo  SP quando nos conhecemos. Com uma formação musical obtida à base de professores particulares e muita intuição, iniciamos nossas apresentações na Escola Dominical (cultos de estudo bíblico realizado nas manhãs de domingo). Durante o momento do louvor entoávamos cânticos, chamados na época de corinhos, utilizando apenas dois violões e partes de uma velha bateria. Com o passar do tempo, os arranjos evoluíram para o rock que era o nosso estilo favorito. O som foi melhorando em qualidade e nossas vidas foram sendo lapidadas por Deus. Em 1971 passamos a compor músicas que eram tocadas nos cultos regulares da igreja. Recebemos de alguns membros incentivo moral e apoio financeiro; foi quando compramos uma aparelhagem nova. Nosso novo estilo de música rock não tradicional num templo evangélico, nossa maneira extravagante de se vestir e nossas letras que protestavam contra as emoções passageiras como drogas, bebidas, amor livre, e valorizavam uma nova vida em Cristo Jesus, foi contagiante e atraiu muitas pessoas para os então concorridos cultos da igreja; na maioria jovens não crentes que viam em nós algo diferente e descobriam que Jesus não era careta. Logo surgiram convites para apresentações em outros locais: igrejas de diversas denominações, acampamentos, festivais de música evangélica e, em todos eles, para nossa alegria, jovens tinham suas vidas transformadas; eram como flores brotando em galhos secos. Percebemos então que algo sobrenatural estava acontecendo: estávamos sendo usados por Deus. Colocamos nosso talento em suas mãos e foi assim que começamos.

Como é que surgiu o nome da banda? Por que o nome Êxodos? 

Sendo Jesus a razão do nosso viver, sentimos uma nova vida dentro de cada um e logo no início passamos a nos apresentar como Conjunto Nova Vida, mas certo dia, olhando para os jovens à nossa frente enquanto tocávamos, percebemos que muitos buscavam essa nova vida, procuravam uma nova terra prometida. Escravos do vício, prisioneiros do pecado, estavam sendo libertos. Saindo como os hebreus do Egito eram vidas sendo transformadas por Deus. Surgiu daí o nome da banda: Êxodos.

Quem era quem na banda? 

Iniciamos com: Edson bateria, Eli  Baixo, Nelson vocal, Osny  guitarra solo e Osvair  violão e guitarra base. Em 1973, com a vinda do Lucas calu para a banda, evoluímos tanto na qualidade de voz quanto nos arranjos e daí surgiu a formação ideal e definitiva com quatro integrantes: Edson  bateria, Lucas  violão, guitarra base e vocal, Osny  guitarra solo e vocal, Osvair  baixo e vocal. O Lucas compôs algumas canções, entretanto a maioria das nossas músicas foram compostas pelo Osny e Osvair.
Como estão hoje os 4 integrantes da banda?
Atualmente estamos beirando os cinqüenta anos de idade e após o término da banda em 1977, ficamos afastados da Igreja por um bom tempo, mas continuamos firmes na fé. Continuamos convictos da importância de exaltar Jesus Cristo através da música gospel e sempre que possível, nos reunimos na casa do Osvair, montamos nossos instrumentos e fazemos um culto de louvor com novos cânticos, mas não deixamos de cantar algumas das canções da banda Êxodos que marcaram nossas vidas e a vida de muitos jovens nos anos 70.
Quantas músicas cristãs vocês chegaram a compor? Ainda continuam compondo?

Não dá para saber ao certo. Foram mais de cinqüenta músicas que fizeram parte do repertório da Banda Êxodos. O Osvair e o Osny não pararam de compor. Vez ou outra quando nos reunimos surge um novo cântico nos mais variados estilos. Agradeço a Deus por ter dado esse talento a eles.
Não houve nenhuma oportunidade de gravar um disco na época? 

Estávamos prontos para gravar, mas o custo estava além de nosso alcance e a igreja que freqüentávamos ficava na periferia de São Paulo e não dispunha de recursos financeiros suficientes. Procuramos um estúdio ou gravadora evangélica, mas acho que não havia, pois não conseguimos encontrar. A mídia não divulgava a música evangélica como hoje em dia e, infelizmente, forçados a parar com o conjunto, pouco ficou registrado.

Como vocês foram parar em duas reportagens da Revista VEJA daquela época?

A primeira reportagem, VEJA nº 273, de 28 de novembro de 1973, refere-se à Semana de Oração, promovida pela Associação Cristã de Moços - ACM de Pinheiros, em São Paulo, que reuniu em um ginásio de esportes, católicos, batistas, presbiterianos, pentecostais e metodistas, para uma confraternização ecumênica. Foram apresentados palestras, jograis, debates e diversas outras atividades pelos representantes de cada denominação. Nossa banda foi convidada pela ACM para se apresentar no encerramento do evento e dirigir o louvor e, por esse motivo, fomos citados na reportagem como participantes.A segunda reportagem, VEJA nº 428 de 17 de novembro de 1976, refere-se à nossa saída da Igreja. Na ocasião, fomos procurados por uma repórter que disse ter visto uma de nossas apresentações, mas não me lembro os detalhes ao certo. Após saber do ocorrido, ficou interessada em nos entrevistar.

Vocês tocaram por 3 anos no templo da Igreja Batista de Vila Bonilha, em São Paulo. Como eram essas apresentações?

No domingo sempre demos prioridade à igreja. Nossas apresentações em outros locais eram realizadas aos sábados. Na Escola Dominical acompanhávamos a classe de jovens e adolescentes em suas apresentações. À tarde fazíamos o culto ao ar livre em praças do bairro utilizando apenas violões. Já os cultos da noite eram concorridos; muitas vezes havia a necessidade de se fazer dois, tal era a quantidade de pessoas, na maioria jovens que vinham na igreja para ver e participar de algo diferente dos padrões evangélicos para a época. E quando retornavam no outro domingo sempre traziam mais alguém com eles. Geralmente eram tocadas quatro ou cinco músicas de nosso repertório e depois a gente dirigia o louvor.
Vocês participaram de outras atividades e igrejas, além da Igreja Batista de Vila Bonilha?

Nosso conjunto participou por duas vezes do festival de músicas evangélicas em Itajubá-MG. Na primeira vez em 1972 ganhamos com a música Maravilhas que Cristo fez por mim e no ano seguinte ficamos em terceiro lugar com a música Galhos Secos. Também participamos em um programa na TV Gazeta, acampamentos, encontro ecumênico realizado na ACM, encontro de jovens. Éramos convidados para tocar em Igrejas de diversas denominações: Batista, Presbiteriana, Pentecostal, mas infelizmente o Rock não era bem visto pelos conservadores da época que diziam: "O rock é do diabo; se tocarem qualquer disco de rock ao contrário ouvirão mensagens demoníacas".



No início a banda tocava, como vocês diziam, um "som maneiro" que agradava muita gente. Mas como era esse som?

Apesar de roqueiros convictos, sabíamos que esse estilo de música dentro de um templo evangélico não era bem aceito na época e com certeza provocava reações contrárias. Alguns membros davam total apoio, mas infelizmente uma grande parcela se mostrava descontente. Mesmo vendo a igreja lotada diziam: "vocês precisam maneirar". Preferiam o estilo tradicional norte-americano. Permitiam apenas alguns corinhos lentos e tocados dentro de uma certa rigidez formal, sem muita bateria, sem gestos ou palmas, ou seja, sem liberdade de espírito. Para não fazer frente à oposição e respeitando a hierarquia da igreja, tocamos por muito tempo uma ou duas músicas mais agitadas, que era o polêmico rock, e depois duas ou três um pouco mais lentas, com arranjos maneiros "suaves".
Depois vocês evoluíram para um controvertido "rock pauleira". Quais foram as novidades desse novo som do Êxodos? Houve influências diretas da música de cantores e bandas não-evangélicas da época?

Durante os ensaios e sempre que convidados a nos apresentar em outros locais, a banda tocava normalmente as músicas do repertório. Nosso objetivo sempre foi o de louvar a Deus com o talento que ele nos deu, sem a preocupação de evitar essa ou aquela música e com certeza o rock pauleira que talvez para os dias de hoje nem fosse tanta pauleira assim, já era tocado.

 A evolução para o rock pauleira, conforme reportagem feita pela revista Veja em novembro de 1976, foi quando decidimos que em nossa igreja não iríamos mais maneirar. Era um momento de romper barreiras, quebrar preconceitos. Era um movimento do Espírito Santo que estava acontecendo. Começamos a nos perguntar: Será possível um dia adorar a Deus com liberdade de expressão? Porque os jovens crentes não podem louvar ao Senhor tocando rock evangélico? Era importante fazer alguma coisa e decidimos então tocar com sinceridade e do jeito que Deus colocou em nossos corações, pois temos que oferecer o melhor para ele, e não ficar presos à vontade de certas pessoas, costumes e tradições. Quanto às influências de bandas não-evangélicas, houve sim, pois o rock nacional contagiava muitos jovens com músicas de protesto, devido às restrições impostas pelo regime militar. Bandas como os Mutantes, o Terço, e o Made in Brazil, de excelente qualidade, trouxeram novas técnicas influenciando nossos arranjos. Era preciso estar atualizado e não havia referências no meio evangélico, mas sempre nos preocupamos em divergir desses três conhecidos luzeiros do rock nacional em razão de um compromisso com Deus.
Como é que foi esse incidente com a vizinha da igreja que se incomodou com o "rock pauleira" da banda e queria dar queixa à polícia?

O movimento contra nosso estilo de música na igreja era latente, entretanto não havia para os conservadores razões que justificassem ou impedissem nossa permanência, pois a igreja estava crescendo, os cultos eram uma benção e o pastor Samuel de Andrade, nos dava total apoio. Sempre soubemos respeitar os horários estabelecidos pelo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) e até havia um bom relacionamento com essa vizinha. Posteriormente, convencida por alguns membros, a vizinha mudou de lado, passou a nos combater não importando qual fosse a hora. Dizia que não suportava o estridente som do Êxodos. E o incidente só não evoluiu para uma situação mais delicada porque o pastor Andrade convenceu a vizinha a não apresentar queixa à polícia, como ela ameaçava, argumentando tratar-se de um assunto interno de seu templo e de sua inteira competência. Naquela época, a igreja tinha como dever, promover a ordem dentro de princípios morais estabelecidos pelo regime militar através do AI-5 (Ato Institucional do Ministério da Justiça). Para os que faziam oposição ao pastor e ao nosso conjunto, esse fato caiu como uma luva, agora tinham um motivo. Inflamados em uma reunião diziam: fora com esses rebeldes, fora com o Êxodos !

Quer dizer que havia, também, membros na própria Igreja Batista de Vila Bonilha que queria o fim ou a saída da banda Êxodos?

Sim, alguns membros eram contrários ao nosso estilo de música e não aprovavam a utilização de instrumentos musicais como guitarras e bateria dentro do templo. Não era uma questão pessoal; apenas preferiam o estilo tradicional e essa atitude talvez ainda ocorra em algumas igrejas nos dias de hoje. Promoveram uma seção extraordinária e com a maioria dos votos decidiram que deveríamos parar de tocar. Temos que saber respeitar os diversos pontos de vista e prefiro não julgar se estavam certos ou errados.
Houve outros incidentes semelhantes a esse da vizinha?

Bom, os demais incidentes se resumem ao nosso estilo de música, mas aqueles que nos convidavam sabiam como era o som. Por vezes nos impediam de tocar no templo, o que para nós não era surpresa. Sem problemas, íamos lá pro salão da mocidade, pois o que importava era adorar em espírito e em verdade. Graças a Deus, incidentes semelhantes ao da vizinha não houve.

Como se deu a "exclusão" de vocês da igreja?

Apesar de ouvir tantas barbaridades, de muitas vezes ser impedidos de tocar no templo e convidados a tocar no salão da mocidade, continuamos firmes na certeza de que estávamos louvando a Deus e valorizando a nova vida através da fé em Cristo Jesus. Porém ao sermos convidados a sair da Igreja ("excluídos") em 1976, na época tínhamos entre 18 e 20 anos de idade, entendemos que não adiantava insistir. Os ditos roqueiros não eram vistos com bons olhos pelo governo e conseqüentemente pela igreja, então resolvemos parar, fato esse registrado pela Revista Veja nº 428 de 17/11/1976 com o tema Rock proscrito: No porão, o ensaio do Êxodos: o "rock pauleira" foi a perdição. Acho que aquela ainda não era uma época apropriada para se tocar rock no meio evangélico.

Depois de "excluídos", por que vocês não conseguiram se firmar mais em outra igreja evangélica?

Para quatro jovens batistas, familiarizados com a doutrina, era difícil aceitar outra. Durante nossas apresentações conhecemos diversas igrejas de diversas denominações. As que nos deram maior apoio foram as igrejas pentecostais, e a que aceitou por diversas vezes nosso som dentro de seus templos, sem ressalvas, foi a Igreja Brasil para Cristo. Depois de convidados a sair "excluídos", a tristeza bateu forte, demoramos a aceitar o fato e ficamos profundamente decepcionados. Era uma época difícil, protestos e passeatas geralmente feitas por jovens contra o regime militar eram proibidas. A maioria dos jovens eram taxados de rebeldes e talvez por isso ninguém apareceu para dar uma palavra de conforto ou orientação. Não procuramos outra igreja por achar que ninguém iria querer uma banda de rock. Ficamos parados, desanimados e completamente perdidos. Esquecemos de dobrar nossos joelhos e orar. Hoje sabemos que a atitude de um servo de Deus diante das dificuldades é nunca desanimar, mas dobrar os joelhos e pedir ajuda em oração. Agir conforme diz a letra de um cântico daquela época: Quem tem Jesus gosta de cantar, está sempre sorrindo mesmo quando não dá, tropeça aqui ou cai acolá, mas depressa levanta e começa a cantar.
Depois que vocês saíram da igreja, o que aconteceu com o pastor Samuel de Andrade? Por onde ele anda hoje em dia?

Posteriormente à nossa saída da Igreja o Pastor Samuel, que nos dava total apoio, provavelmente ficou com problemas naquele lugar. Como eu não estava mais freqüentando o local, apenas sei através de alguns amigos que, poucos meses da nossa saída, ele também saiu da igreja, deixou o ministério de pastor e atualmente está como membro em uma Igreja Batista de São Paulo.

E hoje, vocês estão freqüentando alguma igreja?

Em 1984 comecei a freqüentar a Igreja Bíblica da Paz, ficando como membro até 1991. Atualmente tenho participado apenas como visitante em algumas igrejas de São Paulo. O Osvair está freqüentando a Igreja Assembléia de Deus. O Osny tem visitado diversas igrejas juntamente comigo e com o Osvair, mas ainda não se decidiu por uma delas. O Lucas mudou para Santos e não está freqüentando nenhuma igreja.
A Igreja Batista de Vila Bonilha continuou seus cultos com a "casa cheia" depois que vocês saíram?

Pelo que pudemos saber, a igreja sofreu uma significativa redução na quantidade de freqüentadores. Muitos de nossos amigos e irmãos em Cristo estão hoje em outras igrejas.
Você disse que esteve visitando recentemente a Igreja Batista de Vila Bonilha. Como foi essa visita?

Foi durante uma tarde, apenas para ver como estava o lugar. Não fui ao culto, apenas passei em frente, e acabei encontrando um irmão que era membro da igreja na época da nossa banda. Ele disse que a igreja não tem mais a quantidade de freqüentadores que havia naqueles tempos, muita coisa mudou e que todos daquela época saíram.

Quem vocês conheciam no meio evangélico, dos anos 70, que tocava rock cristão? 

Que tocava rock cristão, ninguém. E olha que viajamos por várias cidades no interior de São Paulo e até outros estados.
A canção Galhos Secos, conhecida até hoje, foi gravada pelo Som Maior e o Catedral. Tem outras canções do Êxodos que foram gravadas por outros cantores e grupos?

Gravadas não. Sempre tivemos a esperança de gravar primeiro antes de outros cantores ou grupos, mas infelizmente não foi possível. Hoje pensamos diferente; foram músicas dadas por Deus e consagradas para seu louvor. Se houver interesse de algum grupo, é só entrar em contato que iremos autorizar.
Deixem uma mensagem aos internautas do Arquivo Gospel:

Amado, você não vive pelas decisões de homens e preconceitos; você vive pelos princípios da Palavra de Deus. Permita que o Espírito Santo encha sua vida com sonhos que vêm do céu; faça aquilo que Deus colocar em seu coração mesmo que para isso tenha de romper barreiras. Ofereça o melhor para Ele, não fique preso à vontade de certas pessoas, costumes e tradições. Expulse a incredulidade e dê espaço amplo para a fé agir na sua vida. Consinta que o seu coração seja inundado com novos pensamentos e desejos de consagrar-se com mais fervor ao Senhor, mesmo diante das adversidades. Para tanto, você tem que conhecer bem a Bíblia, saber expor a doutrina, e ficar firme diante dos vendavais constantes que nos atingem. Há momentos que na vida perdemos alguma coisa e surge a tristeza. Pessoas podem causar decepção ou aborrecimento, seja por falta de vigilância ou pelos cuidados do mundo. É nessa hora que estamos à mercê do inimigo, somos enlaçados e envolvidos. É preciso pedir ajuda. Se não corrermos para o altar do Senhor, em busca de auxílio e solução imediata para o problema, seremos vencidos e escravizados pelo pecado. A indicação certa para a restauração de nossa vida está em Jesus.

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