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terça-feira, 10 de abril de 2012

Líder ateísta brasileiro afirma que existe “bullying religioso” nas escolas

Líder ateísta brasileiro afirma que existe “bullying religioso” nas escolasDaniel Sottomaior, presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos – ATEA, afirmou existir e estar crescimento o bullying religioso nas escolas do país, motivado pelo recente caso que aconteceu em Miraí, Minas Gerais, onde um aluno se sentiu discriminado por não querer realizar a oração do pai-nosso. O líder ateísta atribuiu a responsabilidade dos atos de discriminação ao sistema de educação do país.

De acordo com o site Terra, Daniel afirmou que a prática tem se tornado cada vez mais comum em instituições de ensino, e que estas não estariam tomando medidas para defender os alunos que sofrem com o bullying.

“Na maioria das vezes somos procurados por jovens que sofrem preconceito em sala de aula e não sabem como agir. Passamos orientações e alguns embasamentos. Infelizmente, os próprios educadores não estão cientes das leis e acabam discriminando esses estudantes.”, explicou Sottomaior.

Foi o que aconteceu com o aluno de Minas Gerais, que procurou a ATEA na busca de auxílio. A associação o orientou sobre os seus direitos, tendo como base a Constituição Federal. O presidente da ATEA explicou que a instituição tem atuado bastante nesse sentido, “Quando somos procurados, tentamos orientar e nos colocar a disposição para dar outros tipos de andamento, como por exemplo, entrar com ação no Ministério Público, se for a vontade da pessoa.”.

Tanto a direção da escola quanto a professora envolvida no caso não se pronunciaram sobre o ocorrido, já a Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais – SEE-MMG, ainda não tomou providências sobre o evento, mas se colocou à disposição para tentar resolver a situação.

Fonte: Gospel+

Comentários: Existe, sim, "bullying religioso" nas escolas, e isso não vem de hoje. É antigo. O problema é que, no passado, este "bullying" era sofrido por crianças evangélicas, que sofriam perseguição porque adotavam posturas diferentes da maioria. A partir do momento que o movimento evangélico começou a crescer, apenas se transferiu a chacota para novas minorias (ateus, umbandistas).

Desta forma, o que precisa ser pensado não é a questão do "bullying religioso", mas do bullying como um todo. A criança deve aprender a respeitar todas as minorias e diferenças, sejam elas de raça, cor, opção sexual ou religiosa. Do contrário, o problema será novamente transferido e o próximo bullying será contra aqueles que serão percebidos como intolerantes (os evangélicos, católicos ou qualquer um que disser algo contra uma das antigas minorias).

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