Boa noite, pessoal. Nós temos analisado alguns passos para o crescimento e melhoria da igreja. Identificamos, nos últimos estudos, que a igreja precisa ser missionária, depender do Espírito e bibliocêntrica. Hoje iremos meditar sobre a necessidade da igreja ter relacionamentos sinceros, sem falsidade.
Parece incrível, mas não é incomum em uma igreja as pessoas viverem relacionamentos de fachada. As pessoas apresentam-se com uma roupagem de crente, não só com vestimentas, mas com discurso e atos que se enquadram com o aceitável pela comunidade. Entretanto, muitas vezes, esses relacionamentos são superficiais, com conflitos subjacentes que, por vezes, prejudicam a comunhão e causam problemas graves à igreja.
O fato é que este tipo de relacionamento nunca foi a intenção de Cristo para a sua igreja. Ao longo dos evangelhos, vemos que Jesus incentivou os seus filhos a terem um relacionamento aberto e compreensivo um com o outro e com Deus. Ele teve que corrigir alguns comportamentos curiosos no meio do grupo de discípulos, como o desejo de primazia no grupo terreno e a vontade de sentar ao seu lado nos céus.
Porém, é da natureza do ser humano agir pensando no que os outros irão achar, ao contrário do que Deus pensa. Em especial, é comum vermos, no seio da igreja, pessoas fingindo serem santas, ou grandes filantropos, agindo para aparecer para o público. Entretanto, em seus corações, vemos que seu desejo não inclui Deus na equação, e acabam cometendo barbaridades, como brigas com irmãos, divisões, maledicência e impiedade com os mais fracos.
Um grande exemplo bíblico de pessoas que queriam aparecer para o grande público é Ananias e Safira (At. 5.1-10). Sabemos, pelos versículos finais do cap. 4, que as pessoas que vendiam posses grandes para dar à igreja eram naturalmente elogiadas e queridas pela comunidade (Barnabé chega a ser citado de nome por isso). É provavelmente por isso que Ananias e Safira resolvem enganar a comunidade, vendendo seus bens e dando apenas uma parte dos recursos para a igreja. Ao fazerem isso, denunciaram algumas características que afligem muitos cristãos falsos em nossas igrejas.
1. Falta de confiança em Deus: Ananias e Safira não confiaram no sustento que poderiam receber da comunidade, ao venderem seus bens e darem totalmente seus recursos à igreja. Ao fazerem isso, não acreditaram que Deus poderia provê-los através da igreja primitiva.
2. Inveja: Ao quererem aparecer, demonstraram inveja pela visibilidade que outros irmãos estavam tendo com seus atos de bondade e liberalidade.
3. Orgulho: Safira, em especial, poderia ter confessado seu pecado ao ser questionada por Pedro, mas não o fez por orgulho. Acabou pegando o preço com sua vida.
A conclusão que chegamos, ao estudarmos o texto, é que Deus tentou dar um alerta à igreja prmitiva, para impedir que ela se contaminasse logo de cara. Isso ajudou a comunidade a crescer, porém, hoje, vemos muitas igrejas que sofrem justamente por terem membros (dos líderes aos liderados) que vivem uma vida de fachada, de falsidade, dizendo ser uma coisa mas não agindo conforme aquilo que dizem ou pregam.
Uma igreja, para crescer, precisa entender que ela não precisa ser perfeita ou feita de gente perfeita. Pelo contrário, uma igreja, para crescer, precisa de gente sincera, que se reconhece falha, que se confessa falha, que se apresenta para melhorar e trabalha para isso. Uma igreja de gente sincera reconhece seus erros e busca consertá-los. Uma igreja de gente falsa exclui os falhos e vive uma vida hipócrita, sem perceber que seus próprios corações precisam ser quebrantados.
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