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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Santidade: Um desafio perpétuo (Texto base 1 Co. 1.1-3)


Texto-base: 1 Co. 1.1-3


Introdução: Nos dias de hoje, prega-se muito pouco sobre santidade. Não se enganem. Talvez vocês tenham ouvido diversas mensagens sobre santidade nas suas vidas, porém sempre com uma conotação básica: Precisamos nos santificar, precisamos nos consertar de nossos maus caminhos. Neste processo, talvez você tenha ouvido comentários, críticas, a respeito de algum comportamento seu. Da mesma forma, talvez você se ache o guardião da moral e dos bons costumes e faça de sua especialidade criticar os outros. É por isso que o Pr. Wellison tem trabalhando tanto sobre o tema santidade na nossa igreja.


Quando pensamos em santidade, imaginamos pessoas que não tenham a menor possibilidade de defeitos. Pensamos que o processo é como o de uma bola de neve, que vai crescendo exponencialmente. Eu estou aqui para lhes dizer que não é tão simples assim. Pelo contrário, se fosse assim, não teríamos tantas exortações e comentários para as igrejas primitivas. Se fosse assim, não teríamos exemplos de pessoas querendo aparecer logo após a formação da igreja, como Ananias e Safira. 


É por isso que vim hoje a vocês, usando o exemplo de Corinto, para trazer três detalhes sobre o tema que precisamos nos atentar, quando pensamos sobre este tema.

1.    A igreja é um local para pessoas imperfeitas, por isso não é justo cobrar perfeição delas (1 Co. 1.26-27): O evangelho sempre foi uma mensagem que apelou mais para aqueles que eram excluídos e ignorados pela sociedade do que aqueles que eram vistos como perfeitos por ela. Jesus sempre disse que veio para cuidar dos doentes, não só do corpo, porém especialmente da alma. Somente os que se percebem imperfeitos se deixam cuidar por Jesus, por isso é de se esperar que a igreja tenha pessoas que percebem que são imperfeitas e precisam melhorar. Isso não acontece do dia pra noite, porém. Tanto é que muitas igrejas da época ainda se misturavam com a cultura pecaminosa local.


2.    Todos precisam se santificar, inclusive aqueles que parecem ter mais contato com Deus (1 Co. 13.1, 2): Corinto era uma igreja cheia de dons espirituais. Tanto é que Paulo precisa exortar a igreja sobre como utilizá-los devidamente na obra. Entretanto, era uma igreja que, por baixo dos panos, escondia pecados sérios, como divisão, pecados de ordem sexual e egoísmo (ceia). Por isso dizer que a manifestação dos dons é diretamente proporcional à santidade da pessoa é uma visão equivocada sobre santidade. Pelo contrário: Nossa santidade não é demonstrada por nossos dons, mas sim pelo fruto do Espírito (amor, alegria, paz, longanimidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio).


3.    Santidade é a forma de usar o homem para, a partir de sua mudança de vida, mostrar ao mundo a ação divina (1 Co. 1.28-29): Nosso passado nos condena, porém nosso presente restaurado choca, cria curiosidade e abre espaços para a pregação do evangelho. Ser santo é ser diferente  do molde do mundo, e mostra que não será com aquilo que o mundo pensa ser perfeito que Deus falará, mas sim com aquilo que o mundo despreza. 


Para encerrar e aplicar esta mensagem, trago três exortações:


1.    Não exija que o seu irmão seja perfeito. Trabalhe na sua caminhada e ajude-o na dele com paciência.
2.    Não exalte como exemplo de santidade aquele que aparece mais ou tem mais dons. Exalte aquele que se reconhece pecador e trabalha para melhorar.
3.    Busque ser santo em todos os seus círculos sociais. Não basta ser santo na igreja, é preciso ser santo na rua, na escola, no trabalho, no casamento, na faculdade, no clube, na praia.

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