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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O que fazer, o ótimo ou o bom? O dilema da organização eclesiástica

A vida é um contínuo de decisões difíceis que precisam ser tomadas. O tempo e as circunstâncias nos levam a tomar posturas ou trilhar caminhos que podem ou não nos levar a um objetivo almejado. Contudo, por não conhecermos todas as possibilidades, muitas vezes ficamos congelados ou tomamos decisões das quais nos arrependemos profundamente, mais tarde.

Um dos maiores conflitos que surgem na vida de um pastor e de uma igreja é a forma como deve organizar sua diretoria ou liderança para o trabalho eclesiástico. Os problemas que surgem são vários: Líderes em potencial com problemas em suas vidas, equipes com desavenças internas, pessoas egocêntricas que acham que somente a sua vontade prevalece, etc. Neste cenário, uma das grandes dúvidas que surge é: Devemos mexer em algo que está bom, para fazer melhor? E se fizermos isso, quais os riscos que cometemos?

Existem alguns cenários onde o que está bom pode e deve melhorar. Por exemplo, quando ministérios já estabelecidos há anos desenvolvem trabalhos e atividades que não alcançam os resultados que poderiam. São casos onde os membros da equipe poderiam dedicar maior tempo para se capacitarem naquela atividade. Exemplos clássicos são equipes de louvor, ministérios com crianças e equipes evangelísticas. Em todos estes casos, existem inúmeras formas de realizar suas tarefas que podem ser aprimoradas. Uma equipe de louvor pode aprender novas técnicas harmônicas, um ministério infantil pode adquirir novas literaturas, uma equipe evangelística pode realizar diferentes projetos de projeção da mensagem.

Existem outros cenários, porém, onde o que está bom pode ser mantido. Este é o caso em que há escassez de liderança. São várias as comunidades em que a mesma pessoa tem que se dividir em dois ou três ministérios. Neste processo, a pessoa dificilmente consegue ser excelente em todos, porém ela mantém um bom nível de atividade, em todas as áreas de trabalho. Se ela foca em uma atividade, abandonando as outras, pode incorrer no erro de estragar um trabalho que funcionava, acabando com um trabalho que poderá fazer falta no futuro.

Esse caso é bastante interessante, porque cabe ao líder da comunidade perceber como suprir esta demanda. Não basta apenas deixar um trabalho bom para tornar outro ótimo. É necessário crescer os dois trabalhos, gradualmente, para que cresçam do bom para o ótimo. É um processo mais longo e penoso, porém traz resultados muito mais sólidos. É como a construção de uma casa: Você tem 4 alicerces bons. Você pode construir a casa em cima de um alicerce ótimo apenas? Pode, mas ela não ficará firme, penderá para apenas um lado e pode cair facilmente nos outros três cantos. Mas você pode construir uma casa mais simples em cima de quatro alicerces bons e melhorá-la conforme vai aprimorando os quatro alicerces.

É claro, esta é a minha visão. Não é Bíblica, é humana e corrente. Ou seja, pode ser alterada, pelo tempo, opiniões contrárias ou por intervenção divina.

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