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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

10 passos para uma igreja melhor. Passo 7: Atenção aos diversos grupos (1. Co.11)


Nos últimos passos, vimos que uma igreja sadia é missionária, bibliocêntrica,  dependente do Espírito, sincera, não apegada a coisas e colaboradora. São coisas que parecem óbvias, mas que não conseguimos enxergar em muitas comunidades de fé nestes dias. Hoje, iremos abordar outro aspecto que deve ser observado em uma igreja sadia, e ele tem a ver com o amor ao próximo: O cuidado e atenção às necessidades dos diversos grupos da igreja.

Não é muito óbvio para os fieis em geral, mas uma igreja possui uma multitude de pessoas. São adultos casados, solteiros, viúvos e divorciados; idosos saudáveis e doentes; jovens casados, solteiros e enrolados; adolescentes que querem namorar; homens universitários, trabalhadores liberais ou desempregados; juniores; crianças... Cada membro da igreja possui necessidades, e as igrejas sadias são aquelas que procuram entender e atender essas necessidades dentro das suas possibilidades.

O grande problema é que algumas igrejas não entendem isso. Existe, em algumas comunidades, uma certa competição pelos recursos comuns. Todos os grupos desejam que seus ministérios prosperem, tornem-se modelos para outras igrejas, conquistem muitas almas para Cristo. Por causa disso, em algumas comunidades, surgem brigas e facções que acabam dividindo o corpo de Cristo. Em outras comunidades, algum grupo específico acaba dominando os trabalhos e se esquece do restante. São igrejas que investem milhões na área de música, mas investe centavos no ministério de adolescentes, ou igrejas que vertem todos os seus recursos para o ministério jovem e se esquecem da galera da melhor idade.

Quando estudamos a história da igreja, podemos ver que houve uma preocupação dos discípulos em evitar as murmurações por conta de privilégios na distribuição dos recursos. Em Atos 6.1-6, vemos que as viúvas de origem grega estariam sendo preteridas na distribuição dos alimentos. Pensando em atender a suas necessidades, os discípulos delegam a tarefa de cuidar destas viúvas a sete homens, todos de origem grega, para cuidar delas. O texto não menciona o quanto foi distribuído e por quanto tempo, porém ele deixa claro que o problema foi solucionado, pois não é mais mencionado em nenhum texto bíblico.

A preocupação da igreja com determinados grupos, para evitar confusões, também é expressa por Paulo na sua 1ª. Carta aos Coríntios, capítulo 11. Neste texto, Paulo admoesta os cristãos ricos, que conseguiam chegar cedo para a celebração da ceia e comiam e bebiam até se embriagar, enquanto que os pobres e trabalhadores, que chegavam mais tarde, não conseguiam aproveitar a cerimônia comunitária.

É claro, isso não significa que um ministério não possa focar em uma área específica. Entretanto, eu creio que o melhor, para uma igreja realmente sadia, é que a igreja nasça focada, em vez de se tentar modificar a estrutura de uma igreja existente. Porém, esta igreja deve saber que os tempos mudam, as pessoas envelhecem, mudam de faixa etária e categoria e podem acabar se sentindo prejudicadas. Por isso, o ideal é uma igreja equilibrada, pois:

1.       Uma igreja equilibrada alcança mais pessoas para Jesus: Se você foca em um grupo, acaba reduzindo as possibilidades de evangelização e segrega o evangelho no processo, deixando as pessoas ignoradas à mercê de outros grupos menos sérios.

2.       Uma igreja equilibrada mantém as pessoas na comunidade por mais tempo: É muito bom ver famílias inteiras surgirem e crescerem em uma igreja, mas isso só ocorre quando a comunidade atende a todas as faixas etárias pelas quais essas pessoas podem passar.

3.       Uma igreja equilibrada minimiza conflitos: Se os vários grupos são atendidos pela comunidade, dificilmente acontecem razões para confusões ou ciumeiras por privilégios dados a um ou outro grupo.

É claro, uma igreja equilibrada não está isenta de conflitos. Por causa do egocentrismo humano, alguns líderes podem querer desequilibrar a balança para um ou outro lado. Neste caso, cabe ao pastor, o líder máximo da igreja, orientar, conforme a instrução da Palavra de Deus, os rumos a serem seguidos. Esse papel não é fácil, porém deve ser respeitado. 

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