Fala, galera, tudo bem? O texto que iremos analisar hoje está em Romanos 1.18-20 e é o começo do desenvolvimento sobre o plano de salvação. A densidade da carta aos Romanos começa aqui:
A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;
Paulo inicia aqui sua argumentação sobre o pecado. Ele começa falando que Deus se ira contra os que trocam (detêm) a verdade pela injustiça e vivem uma vida ímpia e perversa. Considerando aqui a justiça de Deus plenamente declarada na Lei do Senhor, vemos Paulo fazendo uma analogia com relação ao pecado.
O problema é que muitos argumentariam (e argumentam, hoje) que uma pessoa poderia se declarar desculpada por não conhecer a Deus e, portanto, não poder ser julgado por Ele e suas normas. Porém, Paulo desenvolve sobre isto falando que Deus se manifestou (e se manifesta até hoje aos homens) através da sua criação. O "eterno poder" e a "própria divindade" divinos podem ser reconhecidos na organização das leis da natureza, na tendência do universo a se manter em uma ordem, não descambando no caos. Por conta desta "revelação natural", Paulo afirma que o homem é indesculpável perante Deus com relação à troca da verdade pela injustiça.
Este texto é polêmico, pois ele aborda um ponto fundamental de nossa fé: O que acontece com as pessoas que não tiveram a chance de conhecer a Deus? Temos casos como o das crianças, o de povos indígenas e outros isolados. A chave de interpretação deste texto, a meu ver, ainda não é se preocupar com a salvação, mas com a "desculpabilidade" do homem. O homem não pode alegar desconhecimento de Deus para agir mal. E, de fato, mesmo pessoas que são incrédulas possuem, em geral, um código de ética que procuram seguir. Porém, o fato é que, se uma pessoa parar para observar o mundo, a natureza, o cosmo, não há como negar o poder ordenador e criativo de Deus por trás de tudo, e não há como querer fazer o mal e se eximir disto por um "desconhecimento" do Senhor.
Esta ideia será importante no futuro, pois Paulo irá argumentar mais sobre o pecado, sua característica e a necessidade que o homem tem de ser expiado dele, curado dele, liberto dele. Apontar que o homem não tem desculpa para escapar da ira divina por conta do pecado será importante nos próximos capítulos. Porém, um ponto vital do texto é que ele coloca o homem como tendo uma ESCOLHA de deixar de lado a verdade e viver a injustiça. Há uma opção do ser humano por viver uma vida ímpia e perversa. Neste sentido, as pessoas que não têm ainda esta escolha inata (as crianças que ainda não têm consciência de seus atos) não seriam afetadas por esta ira. E isto bate com as declarações de Jesus, de imenso amor pelas crianças.
A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;
Paulo inicia aqui sua argumentação sobre o pecado. Ele começa falando que Deus se ira contra os que trocam (detêm) a verdade pela injustiça e vivem uma vida ímpia e perversa. Considerando aqui a justiça de Deus plenamente declarada na Lei do Senhor, vemos Paulo fazendo uma analogia com relação ao pecado.
O problema é que muitos argumentariam (e argumentam, hoje) que uma pessoa poderia se declarar desculpada por não conhecer a Deus e, portanto, não poder ser julgado por Ele e suas normas. Porém, Paulo desenvolve sobre isto falando que Deus se manifestou (e se manifesta até hoje aos homens) através da sua criação. O "eterno poder" e a "própria divindade" divinos podem ser reconhecidos na organização das leis da natureza, na tendência do universo a se manter em uma ordem, não descambando no caos. Por conta desta "revelação natural", Paulo afirma que o homem é indesculpável perante Deus com relação à troca da verdade pela injustiça.
Este texto é polêmico, pois ele aborda um ponto fundamental de nossa fé: O que acontece com as pessoas que não tiveram a chance de conhecer a Deus? Temos casos como o das crianças, o de povos indígenas e outros isolados. A chave de interpretação deste texto, a meu ver, ainda não é se preocupar com a salvação, mas com a "desculpabilidade" do homem. O homem não pode alegar desconhecimento de Deus para agir mal. E, de fato, mesmo pessoas que são incrédulas possuem, em geral, um código de ética que procuram seguir. Porém, o fato é que, se uma pessoa parar para observar o mundo, a natureza, o cosmo, não há como negar o poder ordenador e criativo de Deus por trás de tudo, e não há como querer fazer o mal e se eximir disto por um "desconhecimento" do Senhor.
Esta ideia será importante no futuro, pois Paulo irá argumentar mais sobre o pecado, sua característica e a necessidade que o homem tem de ser expiado dele, curado dele, liberto dele. Apontar que o homem não tem desculpa para escapar da ira divina por conta do pecado será importante nos próximos capítulos. Porém, um ponto vital do texto é que ele coloca o homem como tendo uma ESCOLHA de deixar de lado a verdade e viver a injustiça. Há uma opção do ser humano por viver uma vida ímpia e perversa. Neste sentido, as pessoas que não têm ainda esta escolha inata (as crianças que ainda não têm consciência de seus atos) não seriam afetadas por esta ira. E isto bate com as declarações de Jesus, de imenso amor pelas crianças.
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