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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Revista critica ação de missionários que trabalham com tribos indígenas


Revista critica ação de missionários que trabalham com tribos indígenas
Em uma reportagem publicada na revista Rolling Stone de dezembro de 2011 o jornalista Felipe Milanez narra sua visita ao VI Congresso Brasileiro de Missões que aconteceu em outubro em Caldas Novas, um evento que tem como objetivo divulgar missões de diversos grupos religiosos.
Em tom crítico a matéria recebeu o nome de “O Mercado de Almas Selvagens” e fala sobre os trabalhos da Missão Novas Tribos do Brasil que pretende levar o Evangelho para tribos indígenas que vivem isoladas. Para o jornalista que é ateu, esse trabalho também organizado pela Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AM,TB), trata os índios como almas perdidas que precisam ser salvas.
“O  principal objetivo dessas agências evangelizadoras é  ‘alcançar’ outras culturas com a leitura de sua forma de crença, daí o aspecto ‘trans’ do tema ‘cultural’ das religiões”, escreve Milanez que explica o objetivo desses missionários: “o objetivo é convencer os índios, assim como todas as pessoas do mundo, a se tornarem crentes – salvar as almas condenadas pelo pecado original”.
Mas essa não é apenas a opinião do jornalista, a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) também não entende os trabalhos evangelísticos e em 1991 chegou a expulsar todas as missões que estavam nas áreas indígenas, rompendo os contratos que tinha com esses missionários que além do evangelismo também prestavam assistência social e educacional.
Em 2008 mais uma vez a FUNAI interferiu nos trabalhos missionários, dessa vez expulsando os missionários do JOCUM (Jovem Com Uma Missão) que condenavam a prática da tribo suruwahá de praticarem o infanticídio.
O presidente da FUNAI, Márcio Meira, acredita que os missionários invadem a área dos índios por questões ideológicas. “A motivação deles é ideológica: eles querem expandir a ideologia religiosa deles para todos os seres humanos do planeta”, diz ele que acredita que como o Estado é laico é necessário impedir essa aproximação entre os evangélicos e os índios isolados.
Estratégia revelada
O jornalista também revela a nova estratégia usada pelos grupos missionários para terem acessos aos povos indígenas que estão isolados: enviar pastores índios. “O Estado não pode impedir um índio de encontrar um outro índio”, explica  Edward Luz,  o presidente da Novas Tribos do Brasil. De acordo com o jornalista as agências de missões estão tentando encontrar missionários indígenas para fazerem esse trabalho.
“Metade dos povos indígenas não são aldeados. Um grande número frequenta as universidades. E a maioria fala: vou voltar para o meu povo e vou levar o evangelho pra eles. E contra essa força não há resistência”, revela Luz, dizendo que muitos índios que conhecem o Evangelho desejam transmiti-lo aos seus.
“Nós temos o direito de pregar o evangelho para todo mundo. E toda pessoa tem o direito a aderir ou não. Vamos levar essa discussão às raias do Supremo”, relata o evangelista.
Leia a reportagem na íntegra aqui.
Fonte: GospelPrime

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