Marcadores

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Divididos pela “questão gay”, presbiterianos iniciam nova denominação


Divididos pela “questão gay”, presbiterianos iniciam nova denominação
Os presbiterianos conservadores dos Estados Unidos lançaram uma nova denominação na quinta-feira (19/1), alegando que a Igreja Presbiteriana está muito consumida por seus conflitos internos para conseguir gerar congregações saudáveis.
A nova denominação reformada “destina-se a fomentar um novo modo de ser da igreja, do mesmo modo que as principais denominações tradicionais fizeram quando começaram”, esclareceram os líderes da Aliança Evangélica Ordem dos Presbiterianos (ECO, na sigla em inglês).
Líderes da ECO explicaram durante a conferência de lançamento, que têm várias queixas contra a Igreja Presbiteriana. Além do excesso de burocracia, existe a questão do constante declínio no número membros e a tendência para se tornar um “grande tenda religiosa”, que deseja acomodar todos, comprometendo sua interpretação das Escrituras.
“Sua tenda tornou-se tão ampla que está caindo, pois não tem um mastro no centro”, disse John Crosby, presidente da ordem de pastores da ECO. “O mastro central (necessário) é a autoridade bíblica, conforme é entendida pela comunidade ortodoxa e que tem implicações sobre a sexualidade”. O pastor Crosby, esclarece que o novo movimento foi uma reação à decisão dos 2.300.000 membros da Igreja Presbiteriana (PCUSA) de permitir pastores gays.
Mark Hawke, pastor da Primeira Igreja Presbiteriana em Olathe, Kansas, disse que “a questão fundamental é a maneira como você interpreta as Escrituras”.
“O problema é que as pessoas estão indo para o inferno”, disse John Ortberg, líder do grupo dissidente e pastor da Menlo Park Presbyterian Church, na Califórnia, durante seu sermão no lançamento da ECO.
Mais de 2.000 pessoas, oriundas de 500 igrejas, participaram do culto de lançamento da ECO, em Orlando, Flórida. Segundo a Presbyterian Outlook, uma revista independente, uma enquete indicou que a maioria ainda não decidiu se vai deixar de vez a sua antiga denominação (PCUSA).
A criação da ECO surge após a votação em nível mundial feita pelos presbiterianos no ano passado sobre acabar com a antiga proibição de ordenar pastores  gays. Embora a homossexualidade não seja mencionada nos documentos de fundação da ECO, seu compromisso declarado com a teologia conservadora e a inerrância da Bíblia indica que o clero gay não será aceito.
Centenas de igrejas presbiterianas já optaram nos últimos anos em deixar as denominações presbiterianas liberais, optando por se aliar outra denominação conservadora, a Igreja Presbiteriana Evangélica. Ao contrário dessa denominação, a ECO diz que está “totalmente empenhada” em permitir a ordenação de pastoras.
Em uma declaração conjunta, várias igrejas conservadores afirmaram que não deixarão sua denominação, mesmo reconhecendo que existem tensões sobre a ordenação de pastores gays.
Essa é uma tendência que tem atingido outras denominações no mundo todo. A “questão gay” já dividiu igrejas anglicanas na Inglaterra e em diferentes países da África e Ásia. Outras denominações, como a Igreja Unida de Cristo e a Igreja Evangélica Luterana na América também está dividida sobre o assunto. A questão fez parte dos comentários recentes do Papa Bento XVI, chefe de mais de 1 bilhão de católicos romanos, que descreveu a questão gay como uma das várias ameaças ao casamento tradicional, que comprometem “o futuro da humanidade.”
Traduzido e adaptado de Urban Christian News e Huffington Post, via GospelPrime
Comentários: O problema realmente é grave, mas eu entendo a postura das igrejas que partiram para a divisão. Ninguém é obrigado a congregar em um grupo ou denominação cujos princípios divergem de sua visão. Considerando que o motivo parece ser pela questão homossexual, e considerando-se o fato de que a Bíblia condena, no Antigo e no Novo Testamento, a prática, a atitude destas igrejas, sob um ponto de vista puramente bíblico, é compreensível. 
É claro que a questão LGBT é muito mais complexa do que isso. Há estudiosos que dizem encontrar traços da prática na Bíblia. Eu já estudei brevemente a temática e fiz um trabalho sobre Gênesis 19 e a questão da destruição de Sodoma e Gomorra. Posso afirmar que a questão é muito problemática e merece profunda reflexão da igreja, mas mantenho a posição de que a prática é pecaminosa. Por isso entendo a postura das igrejas dissidentes, apesar de divisão nunca ser saudável às comunidades envolvidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário