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sábado, 24 de dezembro de 2011

Vício em jogo pode ser tão nocivo quanto em outras drogas


O empresário Vladimir Perfeito não abre mão de jogar uma partida de sinuca depois do expediente.

"Não precisa ser uma coisa frequente, pode ser de vez em quando, num dia de mais estresse, mas normalmente eu jogo umas três a quatro vezes por semana. Acabou as bolinhas é comprar outra ficha e jogar mais um pouco até não muito tarde."

Mas o que para muitos é apenas um passatempo saudável, para outros pode ser um sinal de alerta. Segundo uma pesquisa britânica que analisa o jogo compulsivo há 25 anos, o ato de jogar e apostar, se levado ao extremo, é tão viciante quanto qualquer droga. Para a psicóloga do Hospital Cardoso Fontes, ligado ao Ministério da Saúde, Vanesca Menezes, o estudo tem fundamento.

"A pessoa passa realmente por uma compulsão, e ela tem as mesmas características e os mesmos sintomas de um usuário de drogas, de uma pessoa que tenha obsessão por sexo ou internet. Ela tem características parecidas tanto nas sensações de prazer como no comportamento”.

No entanto, como saber quando o jogo deixa de ser uma brincadeira e passa a ser uma ameaça à vida do apostador? A psicóloga Vanesca Menezes explica que as características do jogador compulsivo são fáceis de identificar.

"Ele passa dois dias sem jogar e começa a ficar inquieto, irritado, com dificuldade de se concentrar, ele começa a mentir, pode ter uma depressão, ou então ele abusa de álcool ou outras substâncias”.

A psicóloga do Hospital Cardoso Fontes explicou também que os jogadores compulsivos podem abandonar o transtorno com tratamento adequado, como psicoterapia, por exemplo. Além disso, a especialista afirmou que o apoio da família e dos amigos é fundamental para resolver o problema.


Fonte: Agência do Rádio, via Portal Creio

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