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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Aula da EBD - 2/8/2009 - Mateus 5:29-35

Esta aula foi realizada de acordo com a divisão da revista Atitude, da JUERP, literatura adotada em minha igreja, a PIB do Grajaú. Ele trata de alguns temas polêmicos, portanto achei que seria interessante resgatar este post de meu antigo blog, o Vozes da Colina. Abraços a todos, e obrigado pela visita.

Aula EBD 02-08-2009

Texto: Mateus 5.29-35

Esquema da seleção da revista: 3 temas

Tema 1: Os sentidos que moldam o caráter. v. 29s.
Tema 2: Perenidade do casamento. v. 31s
Tema 3: Cumprimento de juramentos (compromissos). v. 33ss.

Tema 1: v. 29s

29 Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno.
30 E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno.

O paralelismo dos textos e a orientação a um de dois órgãos duplos denota uma linguagem figurada. O objetivo de Jesus não era ordenar que tal ato fosse realizado literalmente, mas alertar que os sentidos do corpo, mal usados, poderiam levar o homem à destruição.

Sabemos que os olhos são a lâmpada para o corpo. Jesus disse que, se os olhos fossem bons, o corpo seria bom, mas se os olhos fossem maus, o corpo seria trevas (Lc. 11.34-36). Desta forma, a mensagem de Jesus prima por uma santificação do corpo a partir dos sentidos.

Outro detalhe é o fato de que Jesus cita partes do corpo que são duplas, e ordena que sejam arrancadas. Isso significa que o homem pode ter áreas de sua vida que causem tropeço, mas isso não invalida o homem por completo. Tratando a raiz do mal, a fonte do tropeço, liberta o homem do próprio mal.

Por fim, Jesus cita especificamente a mão direita, que pode ser alusão à mão hábil da grande maioria dos homens. Poderíamos especular que o homem deve tomar cuidado com seus atos/ações que causem tropeço, pois eles também podem levá-lo ao inferno.

Nota: Estudiosos judeus da época criam que o indivíduo ressuscitaria da mesma forma que morreu, com ou sem órgãos. Desta forma, Jesus resgata a imagem para se fazer entendido.

Nota 2: O que é melhor? Deixar o prazer temporário para trás ou sofrer eternamente pelas faltas cometidas?

Tema 2: v. 31s

31 Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.
32 Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério.

Sabemos que, pela lei, o homem dava uma carta de divórcio para a mulher para permitir que ela recasasse honrosamente (Dt. 24.1). Por conta da sociedade machista, uma mulher não tinha condições de ganhar a vida como solteira, a não ser mendigando ou se prostituindo. Sabemos também por alguns estudiosos que a prática do divórcio era comum na região de Israel e no Império Romano.

Para ensinar seus discípulos e o povo quanto a esta prática, Jesus retoma não só a lei, mostrando que apenas os casos de adultério seriam capazes de separar a união do casal, como também que a separação sem adultério não extingue os laços matrimoniais, fazendo a mulher tornar-se adúltera ao se relacionar com outro homem.

Jesus falaria mais sobre o caso mais tarde (Mt. 19.3-9), e pouco antes menciona que o mero olhar para outra mulher com intenção impura faz com que ele já tenha adulterado com ela (Mt. 5.28). Reforçando a lei sobre o casamento, dando a ele uma visão espiritual, Jesus espera ensinar que a prática do divórcio não é aceitável nos termos que aconteciam na época.

Nota: Aonde começa o direito do divórcio nos dias de hoje? Pode-se contextualizar estes versículos para abrir a possibilidade de divórcio para outras situações, como violência doméstica ou diferenças irreconciliáveis?

Tema 3: v. 33ss

33 Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos.
34 Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus;
35 nem pela terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei;

Jesus relembra os judeus sobre a condenação da lei sobre o falso juramento em nome de Deus (Lv. 19.12, Nm. 30. 2, Dt. 23.21). Entretanto, parece que havia uma prática de se jurar por qualquer outra coisa, já que, caso o juramento fosse quebrado, pelo menos o nome de Deus não seria difamado.

Jesus também repele esta prática, dizendo para o homem não jurar de forma nenhuma, citando três garantias de juramento aparentemente comuns na época e notando que elas estão ligadas a Deus (Is. 66.1).

Jesus afirmaria pouco depois que a palavra do homem deve ser “sim, sim” e “não, não”, ou seja, deve sempre almejar cumprir seus compromissos. Como diz o autor da revista, o homem deve “assumir diante da vida posições e atitudes que honrem e dignifiquem [sua] procedência divina”. Sua garantia deve ser sua postura illibada diante da vida, seu testemunho. Sua resposta deve ser sempre verdadeira, correta e honesta.

Nota: Podemos jurar, então, em juízo, ou devemos adotar a postura das Testemunhas de Jeová, que se negam a tal gesto? Resp.: Mt. 26.63s. (conjurar: jurar com, em companhia. No original: adjurar, acusar sob juramento).

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