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sexta-feira, 27 de maio de 2011

COMENTÁRIO: Vídeos anti-homofobia são divulgados na internet - Parte I: Bissexualidade


Boa tarde, pessoal. Hoje, a polêmica em torno do kit anti-homofobia que seria distribuído pelo MEC em nossas escolas públicas alcançou enormes proporções. Como esperado, a bancada LGBT começou a reclamar da suspensão da divulgação do kit. Enquanto isso, os polêmicos vídeos que constariam deste material foram finalmente revelados ao público e outras notícias foram divulgadas, como o fato de que os kits também seriam distribuídos para turmas de 6º a 9º ano, atingindo crianças a partir de 11 anos de idade.

Para ter uma interpretação isenta de preconceitos, decidi analisar os vídeos com cuidado. Como estou no trabalho, só posso ver os vídeos aos poucos. Neste post, comentarei sobre o primeiro vídeo da reportagem acima, que fala sobre a bissexualidade.

Para começar, o vídeo apresenta uma história que é bem comum: Um jovem, aparentando ter entre 14 e 16 anos, muda de cidade e vai para uma nova escola, onde não encontra amigos. Ali, acaba formando amizade com um rapaz da escola, mas sofre com o preconceito dos colegas, por conta da proximidade dos dois. Depois ele descobre que o amigo é homossexual e, apesar do choque inicial, decide manter a amizade. Posteriormente, durante uma festa, o protagonista é apresentado pelo amigo ao seu primo, por quem o rapaz acaba sentindo emoções tão fortes quanto à antiga namorada dele. Sem querer ter que escolher entre um e outro sexo, o rapaz decide assumir-se bissexual, abrindo o seu horizonte para se relacionar com ambos os sexos.

Ao analisar o vídeo com carinho, ficou bem claro que a sua intenção ultrapassa a ideia divulgada pela ala LGBT e pelo MEC, de que os vídeos serviriam para prevenir a homofobia. Durante o vídeo, o narrador faz uma afirmação preocupante e incentivadora da prática, ao mencionar que, ao adotar esta postura, o protagonista teria quase 50% de chances a mais de encontrar uma pessoa legal com quem viver. Ao fazer esta afirmação, o vídeo deixa de ser um coibidor da violência anti-LGBT e passa a ser um incentivador à prática da homossexualidade, por via da bissexualidade.

O fato mais preocupante, aqui, é a intenção original do MEC (provavelmente estimulado pelos grupos LGBT em audiências públicas), de exibirem estes vídeos para crianças a partir de 11 anos de idade. É sabido e notório que a sexualidade da criança começa a se definir nesta fase. É por volta desta idade que as crianças começam a se interessar amorosamente por pessoas do sexo oposto (ou do mesmo sexo). Divulgar este vídeo para crianças nesta faixa etária não alcançaria o objetivo de prevenir a homofobia, mas sim estimularia as crianças a se relacionarem amorosamente com qualquer pessoa de qualquer sexo, e isso, no meu entendimento, não é saudável.

Se tivesse que corrigir este vídeo, certamente tiraria esta colocação infeliz do narrador e cortaria o vídeo no ponto em que o amigo se revela homossexual. Aqui, colocaria uma crítica à violência anti-LGBT sentida pelos dois rapazes por parte dos amigos, e encerraria o vídeo, partindo para o debate.

Ou seja, para começar a discussão, este primeiro vídeo mostrou-se extremamente infeliz e provou que a ideia de que uma das intenções por trás destes kits era incentivar a prática homossexual dentro das escolas era verdadeira. Resta agora ver os outros dois vídeos para ver se mantém-se esta linha de raciocínio. Farei mais comentários sobre estes vídeos em breve. Abraços a todos.

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