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segunda-feira, 19 de março de 2012

Diários de um pastor: Alegrando-se apenas pela alegria do outro

Hoje, tive a oportunidade de visitar novamente o Seminário do Sul em um dia atípico. A maioria sabe que estou fazendo pós-graduação em Teologia Sistemática por lá. Hoje, contudo, tivemos a aula magna do novo ano, para a galera da graduação, porém não podia deixar de ir, pois falou o Pr. Paschoal Piragine Jr., presidente da Convenção Batista Brasileira e pastor da PIB de Curitiba. Mensagem poderosa, impactante, de uma simplicidade de exposição tremenda, mas de uma profundidade espiritual que cortou as almas de vários colegas ao meio. Vi gente chorando nos bancos após a suposta aula, que foi mais uma mensagem, direta do alto a nós. 

Após a mensagem (que vou colocar aqui nas próximas horas), decidi entregar uma cópia do meu livro para o Pr. Piragine. Era um presente, uma forma de mostrar que o apoio dado pela CBB ao Seminário do Sul rendia frutos, afinal, foi minha monografia de graduação que foi publicada pela Fonte Editorial. Não sabia o que esperar dele, não conhecia o homem pessoalmente. Qual não foi minha surpresa quando, apresentado pelo Pr. Davidson, reitor do Seminário, a ele, não só o Pr. Piragine abriu um enorme sorriso, alegrando-se por mim, como pediu autógrafo e dedicatória! Ele, presidente da CBB, pastor de uma igreja com frequencia na casa dos milhares, com uma história de vida tão bonita, estava ali, de sorriso aberto, alegre por minha conquista.

Após entregar-lhe o livro, fui para casa pensando no que havia acontecido. Percebi que havia recebido duas grandes lições naquela noite. Primeiro, da mensagem, de que preciso entregar minha vida ao Senhor até a última gota (depois falo da ilustração e explico isso). Segundo, do gesto do homem, que se alegrou por minha alegria, por minha conquista. Mas o que há de tão especial nisso? Simples: Ele nem me conhecia! É fácil meus amigos, minha família, meu pastor, minha igreja, todos se alegrarem por mim. Mas um desconhecido? Essa foi nova.

Foi então que, chegando em casa, lembrei-me da orientação de Paulo a seus amados irmãos romanos, quando disse "Alegrai-vos com os que se alegram, e chorai com os que choram" (Rm. 12.15). É uma coisa tão óbvia, se lembrarmos do segundo mandamento de Jesus (amai ao próximo como a Ti mesmo): Se eu adoro ser feliz, devo alegrar-me com a alegria do outro. Esse deveria ser o mote de todo irmão, de toda igreja. Se nos alegrássemos pela alegria do outro, talvez não tivéssemos tantos problemas com trapaças, jogos políticos, invejas e fofocas. 

Depois dessa, vou procurar dormir. Feliz porque sinto que o caminho que tenho seguido tem sido guiado por Deus. Amanhã começa um novo dia, uma nova jornada de luta, de preparação, de comunhão com o Senhor. Louvado seja Ele, por todo o sempre.

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