A reportagem exibida no penúltimo domingo (18) pelo Domingo Espetacular da Rede Record, acusou Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus de alugar prédios para montar templos ao lado de sedes da Igreja Universal do Reino de Deus. Mas percebemos que hoje, principalmente nas periferias das grandes cidades brasileiras, não é difícil encontrar denominações cristãs funcionando ao lado de outras igrejas evangélicas.
Não só a denúncia da Record como também o que vemos no dia a dia levanta a questão: as igrejas evangélicas são irmãs ou concorrentes? O que leva um pastor a abrir um templo do lado de uma igreja no lugar de escolher um bairro que não tenha igrejas evangélicas?
No site da FM Gospel as perguntas da Igreja Canaã foram refeitas e os ouvintes da rádio deram suas opiniões afirmando que a Igreja Mundial agiu faltando com respeito. “Absurdo, ridículo, parece comércio. Deveriam respeitar Deus”, escreveu outro ouvinte.
Mas não é só a Igreja Mundial que aluga prédios vizinhos de outras denominações, em São Paulo vemos muitos ministérios novos fazendo ponto onde igrejas mais conhecidas já haviam instalado suas congregações. Em alguns casos há esse mal estar, os fiéis se sentem disputados, mas em outros casos a irmandade prevalece.
Na Avenida Celso Garcia, na zona leste de São Paulo, encontramos muitas igrejas evangélicas, mas no bairro do Tatuapé encontramos uma Igreja Bola de Neve ao lado de uma Igreja Internacional da Graça de Deus. Mas ao contrário do que se possa imaginar o clima entre as duas igrejas não é de disputa.
“O pessoal da Bola de Neve é super legal e como os cultos não são nos mesmos horários, nunca tivemos problemas com eles”, disse uma ex-membro da Internacional da Graça que pediu para não ser identificada. Hoje essa membro frequenta a sede no centro da cidade.
O exemplo dessas igrejas mostra que é possível conviver em comunhão e não agir como concorrentes, uma vez que a Bola de Neve tem um publico alvo diferente da Internacional da Graça. Mas em outros casos, como nos endereços onde a Igreja Mundial compete com a Universal, o clima criado entre os fiéis não é de comunhão, mas de concorrência.
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