Hoje tive a oportunidade de fazer o lançamento de meu primeiro livro, "Nazismo e Cristianismo - a relação entre a igreja protestante alemã e o movimento nacional-socialista" no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. Foi uma experiência arrebatadora, pois pude falar para um auditório cheio e obtive um excelente feedback de minha preleção - e ainda vendi alguns livrinhos no processo.
Uma coisa marcou a noite, contudo: Enquanto assistia as preleções ao lado da mesa gentilmente cedida pelo Seminário para exibir minhas obras, fiquei em pé quase o tempo todo. Como fui arrumadinho para a preleção (camisa social, sapato de couro), terminei a noite com meus pés incomodando um pouco. Nada demais, apenas aquela leve ardência de quem permanece cerca de três horas em pé. Não culpa do Seminário, mas sim puro esquecimento meu.
A experiência me marcou, porém, pois me fez remeter àquelas pessoas que fazem uso do meio de transporte mais antigo da humanidade para se relacionar com o Senhor. Quantas vezes não vi casais, famílias, caminhando à beira da estrada de Araruama para chegarem às suas congregações, isoladas no meio do mato. Várias foram as oportunidades que, pelas estradas da vida, vi igrejas esquecidas no meio do nada e me fez pensar: Como as pessoas chegam aqui? Carros, bicicletas, cavalos e jegues certamente são usados, mas muitos possuem apenas a proteção de um par de sapatos surrados ou sandálias rasteiras para fazer o percurso.
Não só isso, me lembrei da árdua missão dos nossos missionários, que muitas vezes saem andando, batendo de porta em porta, esperando a oportunidade de fazer um estudo bíblico com a família moradora. E quantos jovens e idosos, juntos, não decidem dar as mãos em trabalhos de curto prazo, as famosas "Trans", buscando levar Cristo a áreas com dificuldades, a ponto de vermos igrejas com suas portas fechadas.
É nessas horas que vejo o quanto esses homens e mulheres são pouco valorizados. Os irmãos que lutam para chegar à casa de Deus, por pleno prazer de estar ali. Os missionários, que correm as estradas entregando suas vidas completamente ao trabalho de Deus. Os irmãos que lutam para chegar à casa de Deus. Meus valorosos préstimos e carinho por estes que, com seus pés no chão, abrilhantam ainda mais a obra do Senhor.
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